Você provavelmente já deve ter visto o cobogó em alguma fachada. Esse é um elemento que vem sendo utilizado desde a década de 1920. No entanto, ele se popularizou com o movimento modernista, em meados da década de 1950. Eles estão voltando com força total, podendo ser encontrados desfilando em mostras e editoriais de arquitetura e design.
Os cobogós são brasileiríssimos: o nome é uma homenagem aos seus criadores, sendo a junção dos seus sobrenomes. Os três engenheiros – Amadeu Oliveira Coimbra, Ernest August Boeckman e Antônio de Góis – trabalhavam em Recife, no século XX e idealizaram a estrutura, tendo como inspiração a arquitetura árabe.
Existem diversos tipos de cobogós e inúmeras possibilidades de aplicação. Com isso, é possível que surjam algumas dúvidas na hora de escolher o melhor modelo para o seu projeto. Aqui você encontra as melhores informações para decidir qual e onde aplicar o cobogó ideal.
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Afinal de contas: para que serve o cobogó?
O cobogó foi projetado, inicialmente, para evitar o superaquecimento de ambientes mais iluminados, permitindo não só a passagem de luz, mas também a ventilação. Esse elemento vazado – inspirado em estruturas de madeiras tradicionais da arquitetura árabe, as muxarabis – acabou transpassando da mera utilidade e tornando-se um elemento de decoração bastante utilizado nas construções das primeiras décadas do século XX.
A princípio, foi muito utilizado em painéis e divisórias, dando um destaque a fachadas. Mas, com o tempo, começou a ser usado como divisória em espaços internos. Eles também podem ser empregados em painéis internos decorativos.
Tipos de cobogós
Existe uma grande variedade de materiais, possibilitando diversas formas de instalação. Cobogós de diferentes materiais e formatos podem ser combinados para dar um ar mais ousado aos projetos. Até mesmo estruturas do mesmo material podem ser adaptadas, com uma instalação de forma alternada, por exemplo, resultando em uma variação do desenho original.
Existem modelos mais tradicionais, como os geométricos, mas também é possível adquirir cobogós num estilo mais contemporâneo, trazendo ares diferentes aos ambientes, de acordo com o seu gosto.
Cimentício
O cobogó cimentício é um dos tipos mais tradicionais. Foi muito utilizado em fachadas de espaços públicos e privados, como em muitos dos projetos de Niemeyer. Mas também pode ser utilizado em ambientes internos diversos, inclusive cozinhas, banheiros e salas. Algumas das vantagens desse material são o baixo custo, a alta durabilidade e a resistência. Dentre todos os cobogós, ele possui o melhor custo benefício.
Por ser de um estilo mais cru, ele costuma ser adotado para decorar ambientes com tendência mais rústica. No entanto, ele possui uma grande variedade de modelos, desde clássicos, até os mais geométricos e românticos.
Natural
O cobogó natural é feito de barro. Eles são uma boa opção tanto para ambientes externos, quanto ambientes internos. Integram-se bem a fachadas, muros e áreas de serviço. Possuem desenhos mais simples, mas são extremamente resistentes a chuvas e ventos.
Vidro
Os cobogós de vidro estão sendo muito utilizados recentemente. Eles são a escolha ideal para quem deseja ampliar a luminosidade dos ambientes, como cozinhas e banheiros, por exemplo. Uma das vantagens é que eles ajudam a bloquear ventos fortes, chuvas e odores.
Cerâmica
Cerâmica artesanal
É um dos tipos mais versáteis e é recomendável a utilização dele em ambientes internos. Os cobogós de cerâmica são ideais para quem deseja dar um estilo mais moderno aos ambientes, pois podem ser encontrados em diversos formatos e modelos. Eles garantem um toque de elegância e possuem uma grande variedade de cores.
O cobogó vazado de cerâmica tem um excelente custo benefício em relação aos outros cobogós. No entanto, o local de aplicação e os tamanhos das peças devem ser levados em consideração. Quanto menor a peça, maior a quantidade que deve ser utilizada.
Cerâmica esmaltada
Existem dois tipos distintos de cobogós de cerâmica: a esmaltada e a não esmaltada. As peças de cerâmica esmaltada são revestidas com um esmalte, que proporciona um acabamento lustroso e impermeável ao cobogó.
A cerâmica esmaltada garante uma série de vantagens. O esmalte ajuda na conservação do material, deixando o revestimento preservado e impedindo as infiltrações. Com isso, o produto acaba tendo uma vida útil mais longa. Além disso, a manutenção é facilitada, por conta da praticidade com que a limpeza pode ser feita.
Gesso
Os cobogós desse tipo são indicados para ambientes internos e que não tenham contato com água. Isso se deve à pouca resistência desse material, que também acaba sendo mais propenso a manchas ou deformações.
MDF
Esse tipo de cobogó necessita de um cuidado especial, para não expor ao clima e evitar o contato com a água, por conta da fragilidade do material. Portanto, é recomendável evitar a sua utilização em ambientes externos e ambientes internos onde tenha contato com a água, como no banheiro, por exemplo. Ele é muito utilizado para criar divisórias entre ambientes externos.
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