O que um design de interiores e um psicólogo têm em comum? Muito mais do que você pensa. A arte do design e a maneira como pensamos estão intimamente ligadas, especialmente quando se trata de cores. Por exemplo, em muitos restaurantes do tipo fast-food, a cor vermelha aparece com frequência tanto em itens como cadeiras e luminárias quanto em cores de tintas para a parede, pois cores vivas e vibrantes estimulam o cérebro e aumentam a fome. Já em escritórios, tonalidades monótonas como a cor cinza são mais utilizadas, proporcionando um clima de trabalho tranquilo e aumentando a eficiência dos funcionários.
De acordo com um artigo publicado no American Society of Industrial Design, a ciência pode ajudar os designers a entenderem melhor como seus clientes respondem às formas e cores, melhorando a probabilidade de satisfação nos projetos. Isso tem levado alguns designers nos Estados Unidos a trabalharem em parceria com psicólogos, visando entender melhor as necessidades de cada pessoa e adequando os ambientes com design direcionado.
Nas imagens a seguir, exemplificamos melhor a psicologia das cores e texturas em diversos ambientes, mostrando o porquê de cada escolha e as sensações transmitidas:
Cozinhas:
Por muito tempo, as cozinhas seguiram linhas claras e com uso extenso de azulejos e pisos brancos, buscando a sensação de higiene e limpeza. No entanto, apesar da dominância da cor branca nas cozinhas, o uso de pontos de cores está cada vez mais comum, principalmente para compensar a área reduzida e a necessidade de integração a outros espaços.
Acrescentando mais personalidade e integração os pontos de azulejos como revestimentos estilo ladrilhos hidráulicos tomam conta do espaço. Armários também não precisam ser inteiramente brancos. Tons e texturas amadeirados podem ser utilizados, passando a sensação de um ambiente mais aconchegante e quente, diferente da sensação fria do branco.
Escritórios:
Revivendo os escritórios e ambientes corporativos retratados em filmes clássicos, todos eles com tons escuros ou cinza, reafirmamos a busca pela seriedade e monotonia. No entanto, muitas empresas modernas já alcançam dinamicidade e eficiência, sem monotonia cromática, mas sim com o uso de pontos de cores, painéis e mix de texturas.
Salas:
Em geral, clientes e designers de interiores dão maior importância para as salas, por serem ambientes de grande convivência familiar ou social. Para isso buscam maior diversidade de cores nestes ambientes, mesmo sem um propósito para as mesmas. Identificar gostos e percepções dos clientes é essencial para que o trabalho atinja o objetivo esperado. Importante ressaltar que as cores podem ser transmitidas tanto na forma de texturas, quanto na forma de objetos de decoração.
Quartos:
Os quartos devem transmitir tranquilidade e sossego. Muitos clientes gostam somente de cores super claras e sóbrias. O que tem sido muito usado nos quartos ultimamente é a adição de texturas como revestimentos em 3D, tijolinhos e papéis de parede que dão movimento. Estes são detalhes que quebram a monotonia sem pesar no ambiente,proporcionando um local de descanso, além de um ambiente de contemplação. Seguem aqui alguns exemplos:
Ao incorporar esta pesquisa científica ao seu trabalho os designers de interiores conseguem, de maneira objetiva, atender às necessidades de seus clientes. Esse é o tipo de prática que molda o sucesso da carreira de um designer de interiores e faz o cliente perceber a importância de se contratar um profissional competente.
Por Barbara Oriani. Criadora do “Projeto Express”, uma solução online que, através de prazos e preços reduzidos, democratiza, com qualidade, o trabalho de arquitetura e design de interiores.