A cerimonia de abertura dos Jogos Olímpicos emocionou o Brasil e o mundo na última semana, agora é vez de acompanhar as competições, por que não, ficar de olho também na beleza dos estádios e arenas que foram construídos para a edição carioca dos jogos. Não é de hoje que a arquitetura das instalações olímpicas chama a atenção, quem não se lembra do ninho de pássaro no parque olímpico construído em 2008 na edição ocorrida na China?
A crítica mais comum desse tipo de empreendimento é a subutilização que pode ocorrer uma vez que os jogos terminem, levando essa ideia em consideração, algumas das arenas e estádios foram construídas com o conceito de arquitetura nômade, ou seja, que possa ser transportada para outro lugar assim que o evento deixar o país.
A Arena do Futuro e o Estádio Aquático são dois exemplos dessa edição, o projeto do primeiro prevê que depois do fim dos Jogos Olímpicos, a estrutura seja desmontada e utilizada para a construção de quatro escolas municipais.
A Arena do Futuro está sendo palco das partidas de handebol e Golbol, nas paraolimpíadas, ocupa mais de 35 mil metros quadrados no Parque Olímpico, construído na Barra da Tijuca. Seu telhado é feito de vigas metálicas e telhas e a sua estrutura modular metálica é o segredo que permite a adaptação das peças em diferentes situações e posterior desmontagem.
Também no Parque Olímpico acontecem as provas de piscinas, natação e polo aquático. O estádio Aquático, que foi revestido com uma reprodução da obra Celacanto provoca maremoto da artista plástica Adriana Varejão, famosa mundo afora por seu trabalho icônico. A obra original, que faz referência aos azulejos portugueses, faz parte do acervo do museu de Inhotim em Brumadinho, em Minas Gerais. Após os jogos esta estrutura também será desmontada.
O Complexo Esportivo de Deodoro também abriga algumas arenas construídas para receber esportes como o Hipismo, o Tiro Esportivo e o Hóquei sobre a grama. O centro Olímpico de Tiro já havia recebido partidas durante os jogos Pan Americanos e foi ampliado para receber o público das Olimpíadas, três vezes maior.
As chamadas Arenas Cariocas formam no Parque Olímpico da Barra a maior instalação do local e foram planejadas pensando na economia de energia, tanto na captação de luz, quanto na ventilação do espaço. Durante os jogos, porém, o uso do ar condicionado é um exigência do COI, uma das arenas vai continuar com a função de ginásio poliesportivo depois do término dos Jogos. Os outros dois espaços vão virar um centro de treinamento para atletas de alto rendimento.