A história de planejamento urbano de Curitiba é conhecida mundialmente. Isso acontece por conta das inovações implementadas na cidade, tida como modelo de transporte público moderno e eficiente.
Essas mudanças na cidade, além de trazerem comodidade e qualidade de vida aos moradores, atraíram diversas pessoas e empresas, que passaram a ver Curitiba como um bom nicho de mercado e moradia.
A prova disso são os empreendimentos imobiliários, que chegam à cidade em uma velocidade constante desde a década de 1950. Com as construtoras de olho no crescimento urbano e da procura por imóveis em Curitiba, a economia se fortaleceu e a capital começou a se desenvolver ainda mais.
Mas quais os impactos reais do urbanismo em Curitiba? Para você entender um pouco a respeito das consequências dessas implementações, preparamos esse post. Continue a leitura!
A história do urbanismo em Curitiba
A história do Planejamento Urbano de Curitiba tem início no século 18, em 1783, quando a Câmara de Vereadores esboçou os primeiros traçados das ruas e estabeleceu os locais dos primeiros imóveis residenciais e comerciais.
Ainda que esse tenha sido um início precoce, foi na década de 1940 que o primeiro plano de desenvolvimento urbano foi criado pelo arquiteto francês Alfred Agache.
A partir daí, por conta do crescimento acelerado, o planejamento da cidade se tornou extremamente necessário. Em 1965, portanto, a Prefeitura Municipal de Curitiba realizou uma seleção pública para a criação do Plano Diretor da capital. Assim foi criado o primeiro planejamento oficial da cidade, de autoria das empresas Jorge Wilheim Arquitetos Associados e SERETE.
O plano foi baseado em três pilares: transporte público, sistema viário e uso do solo.
Hoje em dia, embora tenham sido aplicadas diversas e inevitáveis mudanças, ainda existe o respeito às diretrizes estabelecidas pelo concurso público. Ou seja, conseguiram unir a modernidade às ideias dos primórdios da cidade. O intuito era que as inovações fossem de baixo custo, mas que tivessem qualidade para os moradores.
No transporte público, por exemplo, foram criados terminais de integração, a fim de oferecer tarifas acessíveis e rapidez no deslocamento. A prefeitura, obviamente, fez seu papel e divulgou todas essas melhorias, que atraíram novos moradores para Curitiba.
Veja também: Conheça Jaime Lerner – o urbanista mais influente do Brasil
CIC é filha do urbanismo da cidade
Para conseguir atender a essa demanda de novos moradores, as secretarias passaram a debater a criação de novos empregos. Uma das iniciativas foi a criação da Cidade Industrial de Curitiba (CIC).
Para conseguir transformar o espaço em um local que oferecesse habitabilidade e qualidade de vida, a prefeitura desapropriou terras e criou o Parque Industrial, responsável pelo desenvolvimento econômico de todo o entorno.
A partir da década de 1970, portanto, 11 empresas começaram a se instalar na CIC, proporcionando melhorias de infraestrutura, novos empregos, qualidade de vida, pavimentação das ruas, saneamento básico e crescimento imobiliário.
A urbanização da CID foi crucial para o crescimento de Curitiba. Os funcionários das indústrias começaram a se instalar na região para evitar perder tempo de deslocamento. Com isso, novos comerciantes surgiram no local, transformando o bairro em uma “minicidade” autossuficiente e funcional.
Veja também: Taxa de Ocupação e Coeficiente de Aproveitamento – Veja Como Calcular e Realize Seus Projetos Dentro das Normas
Região Metropolitana conquistou sua independência
Hoje em dia está cada vez mais difícil dissociar a capital dos municípios da região metropolitana de Curitiba. Por conta do transporte interligado e do constante deslocamento de pessoas que moram e trabalham em outras cidades, a grande Curitiba se funde com São José dos Pinhais, Araucária, Colombo, Fazenda Rio Grande e outros municípios vizinhos à capital.
Ainda assim, embora pareça paradoxal, as cidades da região metropolitana adquiriram cada vez mais independência. Hoje é possível viver com qualidade sem precisar atravessar as grandes vias para chegar à capital.
Antigamente, um trabalhador com oferta de emprego na cidade de Pinhais, por exemplo, era obrigado a procurar apartamentos para alugar em Curitiba. Isso porque a região metropolitana não havia se desenvolvido na mesma velocidade e as pessoas eram obrigadas a trabalhar longe de suas casas.
A boa notícia é que, com a chegada de novas empresas, as construtoras e os investidores imobiliários se viram obrigados a empreender nessas cidades. Havia demanda e terra, afinal. Esse fenômeno fez e faz, até os dias de hoje, com que muitas pessoas resolvam adquirir propriedades ao redor de Curitiba, tanto para moradia como para aumento de patrimônio.
O resultado é previsível e satisfatório: novos moradores obrigam as prefeituras a investirem em infraestrutura e o desenvolvimento se estabelece.
Hoje em dia essas características ainda permanecem. Ainda que os últimos anos tenham congelado a economia, 2018 deu um novo gás a quase todos os setores, sendo o mercado imobiliário um dos mais promissores para investimento.
Veja também: Entenda de um jeito simples o que diz o Estatuto da Cidade
Mercado imobiliário da Grande Curitiba é aposta de investidores
O número de imóveis disponíveis em 2018 fez com que as pessoas voltassem a olhar a capital paranaense com os olhos do lucro. Isso aconteceu porque muitas propriedades tiveram seus preços reduzidos.
Os preços atraíram novamente as pessoas e fizeram com que muitos tirassem seu dinheiro da poupança para aplicar na segurança que o mercado imobiliário oferece.
Mais uma vez podemos citar a Grande Curitiba como aposta para investimento. Como os municípios vizinhos têm mais espaços à disposição, o comércio de lotes e terrenos está aquecido e casas e apartamentos podem ser adquiridos por valores mais convidativos.
Todas essas áreas aumentaram o número de construções de condomínios fechados, edifícios e grandes centros comerciais.
Curitiba teve um crescimento sábio e que acompanhou as tendências, fazendo com que o urbanismo e a organização do município ainda sejam referências para centenas de cidades ao redor do mundo.
O urbanismo, portanto, trouxe inegáveis benefícios não só para as pessoas, mas também para a economia da cidade, que hoje desfruta de beleza e organização.
Some tudo isso à nossa área verde e às centenas de pontos turísticos e teremos uma cidade completa para famílias, estudantes, aposentados e profissionais que adotam a capital da Araucária como pano de fundo para a vida.
E você, ainda acha que Curitiba pode ser considerada ícone de modernidade e urbanismo? Enxerga pontos que precisam de mais atenção? Pretende investir na cidade? Aproveite para deixar seus comentários e dividir suas opiniões com a gente!
Não há comentários em "Confira a história de sucesso do Urbanismo em Curitiba"