Um dos mais celebrados arquitetos dos últimos tempos, Richard Rogers não tem essa popularidade entre os admiradores da arquitetura à toa. Com uma carreira de mais de 40 anos, o profissional é responsável por alguns projetos de grande destaque em diversos países do mundo.
Um dos exemplos é o conhecido e admirado Centro Georges Pompidou, em Paris, elaborado em parceria com Renzo Piano, e considerado uma das maiores inovações em termos de um edifício para museu, principalmente naquela época.
Outro destaque em sua carreira fica por conta da famosa sede do Lloyd’s de Londres, que se tornou um verdadeiro marco da arquitetura no final do século XX.
Veterano na profissão, Richard Rogers desenvolveu um certo ceticismo sobre seus colegas, manifestado em uma famosa frase de sua autoria:
‘A forma segue o lucro’ é o princípio estético de nossos tempos.
Tratava-se a de uma referência ao princípio arquitetônico cunhado pelo famoso arquiteto Louis Sullivan:
A forma segue a função
que no ver de Richard Rogers foi totalmente subvertido em função da lucratividade dos grandes escritórios de arquitetura.
Neste posts, você vai conhecer um pouco mais das obras de Richard Rogers e de sua biografia.
Richard Rogers: biografia
Nascido em 1933 na Itália, na cidade de Florença, Richard Rogers estudou arquitetura em Londres, na Architectural Association, entre os anos 1954 e 1959. Posteriormente, também se formou na Universidade de Yale, nos Estados Unidos, ao lado do renomado arquiteto Norman Foster.
O Team 4
Ao retornarem para a Inglaterra, a dupla e suas respectivas esposas criaram o Team 4, seu primeiro escritório de arquitetura, em 1963. O trabalho inicial da equipe foi o projeto da casa da família de sua esposa, Sue, no Reino Unido. Porém, um dos maiores destaques da carreira do quarteto foi a construção de uma fábrica, no sudoeste da Inglaterra, a Reliance Controls Ltd.
O projeto inovador associava os princípios do designer norte-americano Charles Eames com as preferências sociais da época. Assim, o Team 4 se destacou no mercado por desenvolver projetos voltados para a alta tecnologia. Mas, apesar do sucesso, encerrou as atividades alguns anos mais tarde.
Carreira Solo
Richard Rogers seguiu carreira sozinho e, em 1967, foi escolhido para representar os arquitetos britânicos na Bienal de Paris. No ano seguinte, um projeto realmente arrojado entitulado Zip-Up House lhe rendeu o prêmio House for Today da Dupont Company, e foi considerado um marco histórico na arquitetura industrial.
Renzo Piano e Richard Rogers: uma parceria que rendeu muitos frutos
No início da década de 70, Rogers criou grandes laços com o arquiteto italiano Renzo Piano, com quem fundou o afamado escritório Piano & Rogers.
No portfólio da dupla, destaque para projetos como o do pavilhão italiano para a Exposição Universal de Osaka, e o centro comercial da rua Fitzroy, ambos em 1970; o Centro PATS, em 1975; e o Instituto de Pesquisa e Coordenação Acústica de Pierre Boulez, em 1977.
No entanto, a obra de maior notoriedade da carreira do estúdio foi a construção do Centro Nacional de Arte e Cultura Georges Pompidou, em Paris, no ano de 1971, após vencerem uma competição.
A obra, desenvolvida em vidro e aço, se tornou um verdadeiro clássico da arquitetura moderna, principalmente por transformar e, com o passar do tempo, representar o centro histórico da cidade. Sua intensa relevância para a capital francesa foi, assim, um importante meio de elevar o prestígio de ambos os arquitetos.
Inaugurado em 1977, o Centro Georges Pompidou recebe anualmente mais de seis milhões de pessoas, tornando-o um dos projetos mais representativos do século XX.
Um novo escritório: Richard Rogers Partnership
Posteriormente à entrega do Centro Pompidou, o arquiteto criou sua empresa, a então nomeada Richard Rogers Partnership – conhecida hoje como Rogers Stirk Harbour + Partners.
No portfólio, destaque para projetos como a expansão do Aeroporto de Heathrow, a Assembleia Nacional de Gales; a sede da empresa Lloyd’s, em Londres; o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, em Estrasburgo; e o Palácio da Justiça de Bordéus.
Considerado um dos maiores arquitetos das últimas décadas, Richard Rogers une sua paixão pelo mundo arquitetônico com sua experiência no uso de diferentes materiais, criando, assim, projetos de alta tecnologia e, ao mesmo tempo, sustentáveis.
Em 2007, Richard Rogers foi laureado com o aclamado Prêmio Pritzker, considerado o prêmio mais mais importante da arquitetura mundial. Antes disso, recebeu a medalha de ouro RIBA, em 1985, e um Leão de Ouro pelo conjunto da obra na Mostra de Arquitetura de Veneza, em 2006, entre outros.
Além deste conjunto de prêmios, Richard Rogers também foi agraciado com o título de Barão de Riverside, em 1991, pela rainha Elisabete II.
Principais obras de Richard Rogers:
- 1951: Estádio Kleanthis Vikelidis
- 1977: Centro Georges Pompidou
- 1982: Fábrica de Microprocessadores Inmos
- 1986: Jacob K. Javits Convention Center
- 1986: Lloyd’s Building
- 1994: European Court of Human Rights building
- 1998: 88 Wood Street
- 1999: Domo do Milênio
- 2004: Edifício Leadenhall
- 2006: Antwerp Courthouse
- 2006: Hotel Hesperia Tower
- 2006: Senedd
- 2007: Campus Palmas Altas (Sevilla)
- 2008: Terminal 5 do Aeroporto de Heathrow
- 2009: One Hyde Park
- 2010: 175 Greenwich Street
- 2013: 20 Times Square
- 2015: Torre BBVA Bancomer
Livros de Richard Rogers
Além de edifícios, as obras de Richard Rogers incluem 7 livros, dos quais podemos destacar:
- Architecture: A Modern View
- A New London
- Cities for a Small Planet
- Towards an Urban Renaissance
- Cities for a Small Country
- Richard Rogers and Architects: From the House to the City
- Architecture: A Modern View
Com uma longa e bem-sucedida carreira, Richard Rogers, ao lado de seu antigo colega de escritório, Norman Foster, é considerado um dos precursores do movimento high-tech na arquitetura.
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