Renzo Piano se formou em 1964 na Escola de Arquitetura do Instituto Politécnico de Milão e é considerado um dos grandes nomes da arquitetura dos tempos contemporâneos. O arquiteto italiano teve vários escritórios de arquitetura, dois deles com parceiros de trabalho e um solo, onde atualmente desenvolve seus projetos marcados pela tecnologia e sustentabilidade.
Com uma carreira marcada por vários prêmios, como o Pritzker, por exemplo, Renzo Piano se destacou ainda jovem, aos 35 anos, quando participou do projeto do Centre Pompidou, em Paris.
Sem um estilo característico predominante, a obra de Renzo Piano trafega por várias referências, mas sempre com resultados surpreendentes e, na maioria das vezes, rotulados de “projetos hi tech”.
Essa sua inconstância criativa e de parceiros de trabalho talvez possa ser traduzida nesta frase dele, sobre a arquitetura:
Arquitetura é arte, mas arte bastante contaminada por muitas outras coisas. Contaminada no melhor sentido da palavra – alimentada, fertilizada por muitas outras coisas.
E, no caso do arquiteto Renzo Piano, são realmente muitas coisas a alimentar suas obras.
Neste post, vamos traçar uma breve biografia desse arquiteto – que parece se reinventar a cada projeto -, além de relacionar suas principais obras, exemplos concretos dessa sua pluralidade de estilos.
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Biografia de Renzo Piano
Nascido em Gênova, na Itália, em 1937, em uma família tradicional de construtores, Renzo Piano optou pela arquitetura, indo estudar na Escola de Arquitetura do Instituto Politécnico de Milão.
Nesse período, orientado pelo professor Franco Albini, famoso arquiteto Neo-Racionalista Italiano, chegou a visitar diversos edifícios construídos pelo próprio pai.
Após a graduação, em 1964, continuou estudando arquitetura por meio de viagens pela Grã-Bretanha e América, até 1970, quando fundou seu primeiro escritório de arquitetura, com Richard Rogers, o “Piano & Rogers”.
Foi ao lado de Rogers que Renzo Piano criou uma de suas mais celebradas obras, o Centro Pompidou, marco da arquitetura contemporânea de Paris, depois que venceram um concurso para a escolha do projeto do edifício.
Inconstante como seu estilo, em 1977 inicia uma nova parceria, desta vez com Peter Rice, no “Piano & Rice”, escritório no qual permaneceu até a morte de Rice, em 1993.
Concomitantemente a sua atuação ao lado de Rice, Renzo Piano havia fundado, em 1981, seu próprio escritório, o Renzo Piano Building Workshop, onde desenvolve seu trabalho até hoje.
Foi por meio dele que várias das obras de Renzo Piano se tornaram realidade, dentre elas a Fábrica da Fiat e o Estádio San Nicola.
A estrutura de trabalho no Building Workshop do arquiteto Renzo Piano é diferenciada, pois conta com profissionais especializados em diversas áreas, além de arquitetos associados, e dois núcleos independentes, um em Paris e outro em Gênova.
Além do Prêmio Pritzker, com o qual foi laureado em 1998, Renzo Piano recebeu também a Legião de Honra, condecoração francesa destinada a grandes personalidades, e a Royal Gold Medal do Royal Institute of British Architects.
Mas, sem dúvida, o mais importante reconhecimento que este arquiteto recebeu foi o título de Senador Vitalício, concedido pelo presidente da Itália.
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Principais obras de Renzo Piano
Com uma série de projetos que são marcados pela ideia da sustentabilidade, “construir pensando no futuro”, como ele diz, o arquiteto Renzo Piano tem duas declarações bastante inspiradoras sobre a construção de edifícios:
Arquitetos passam uma vida inteira com essa ideia pouco razoável de que você pode lutar contra a gravidade
E complementa, falando sobre o que seria o único traço comum em seus projetos:
A ideia de fazer um edifício voar – criando algo com gravidade zero
Com estes conceitos fortemente presentes em sua obra, Renzo Piano projetou diversos edifícios, dentre os quais podemos destacar:
- Centre Georges Pompidou, em Paris
- Centro Cultural Jean Marie Tjibaou, em Noumea
- Expansão do Instituto de Arte de Chicago
- O Parque Cultural Niarchos, Biblioteca Nacional da Grécia e a Ópera Nacional da Grécia, em Atenas
- Shard London Bridge, em Londres
- Estádio San Nicola, em Bari
- Whitney Museum of American Art, em Nova Iorque
- Isabella Stewart Gardner Museum, em Boston
- Museu de Arte do Condado de Los Angeles
- Nova sede do The New York Times, em Nova Iorque
- Reconstrução da Academia de Ciências da Califórnia, em São Francisco
- Zentrum Paul Klee, em Berna
- Ampliação do High Museum of Art, em Atlanta
- Parco della Musica, em Roma
- Beyeler Foundation Museum, na Basileia
- Nasher Sculpture Center, em Dallas
- Aurora Place, em Sydney
- Aeroporto Internacional de Kansai, em Osaka
- Menil Collection, em Houston
- Museu de Ciência NEMO, em Amsterdã
E esta lista, na verdade, é incompleta.
Dentre os projetos citados, vale destacar, ao lado do Centre Pompidou, outra das obras que mais visibilidade trouxe à Renzo Piano, o Edifício The Shard, uma gigantesca torre de vidro em que o arquiteto esbanjou da sustentabilidade, confira alguns números que, por si só, dizem muito sobre esta obra:
- Altura: 306 m
- Andares: 86
- Gasto energético: 30% menor que edifícios semelhantes
Museus, um estádio, um aeroporto e tantas outras edificações. A obra de Renzo Piano é vasta e diversificada, inspirada pela vontade de inovar a cada novo projeto, como ele mesmo explica:
Uma das grandes belezas da arquitetura é que, a cada vez, é como se a vida começasse tudo de novo
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