Tire todas suas dúvidas sobre planta de situação e confira como fazer!

Planta de situação é um documento que mostra a localização de um lote em relação ao terreno e seus arredores.

São tantas plantas e etapas de um projeto de arquitetura que é normal confundir qual é a função de cada uma delas, não é mesmo?

Para esclarecer suas dúvidas, no post de hoje vamos explicar com mais detalhes o que é planta de situação e os 4 passos básicos para desenvolvê-la.

Preparado? Então, vamos lá!

O que é planta de situação?

 

Planta de situação é um documento que traz a localização do terreno dentro de uma área, mostrando as dimensões e arredores de onde o projeto será executado. Ela faz parte do anteprojeto e pode ser representada em formato 2D.

O que é planta de situação?

É correto afirmar sobre a planta de situação que ela oferece uma vista superior da edificação, e nela contém todas as dimensões do terreno e seus arredores.

Além disso, a planta de situação também traz os lotes e quadras da vizinhança, as principais referências para sua localização e a distância de todos os elementos em relação ao lote.

Em caso de projetos em área rurais, a planta de situação também deve trazer as vias de acesso (estradas), riachos, pontes, matas, entre outras informações.

É correto afirmar sobre planta de situação que sua vista é esquemática, ou seja, ela não representa em detalhes elementos como a vegetação do local e muros das edificações próximas.

A planta de situação representa a área de forma simples, usando apenas contornos e números que identificam os formatos do lote.

Planta de situação em escala 1:100 (fonte: Profº João Carmo)

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Para que serve uma planta de situação?

 

A planta de situação serve para situar a edificação em relação aos seus arredores.

Esse documento faz parte do grupo de projetos conhecido como “projetos da Prefeitura”.

A planta de situação é usada na fiscalização e acompanhamento de obras do orgão público.

Por esse motivo, para criar uma planta de situação, o profissional deve ter conhecimento sobre o Plano Diretor e legislação da cidade.

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Qual é a diferença entre uma planta de situação e locação?

 

É comum que surja essa dúvida quando falamos sobre o que é planta de situação, afinal as duas plantas têm quase o mesmo objetivo: situar a edificação em relação ao terreno.

Planta de situação e locação: diferença

Mas afinal, qual é a diferença entre uma planta de situação e locação?

Como vimos ao longo do texto, a planta de situação traz informações sobre os arredores do lote, como nome de ruas, volumetria dos lotes vizinhos, entre outros detalhamentos da área onde o projeto será executado.

Já a planta de localização traz uma visão apenas do lote onde será feita a construção.

Esse documento traz informações detalhadas como caminhos, cercas, muros, vegetação, equipamentos, topografia, acessos, etc.

Como fazer planta de situação? 4 dicas essenciais

 

  1. Consulte o Plano Diretor da cidade
  2. Defina a escala da planta de situação
  3. Inclua as informações obrigatórias de acordo com a ABNT
  4. Utilize o AutoCAD e o Google Maps (ou faça a mão)

Planta de situação: dicas

1- Consulte o Plano Diretor da cidade

 

O primeiro passo para criar uma planta de situação perfeita é consultar todas as exigências do Plano Diretor da cidade.

O documento vai informar os recuos mínimos obrigatórios na planta de situação, se existe alguma área de preservação, entre outras informações.

Planta de situação: Plano Diretor

2- Defina a escala

 

A escala usada na planta de situação é maior do aquela aplicada em uma planta baixa comum.

Ela vai depender do tamanho do terreno e das dimensões do projeto, mas basicamente as escalas usadas em uma planta de situação são 1/500, 1/1000 ou 1/2000.

Planta de situação: escala

3- Inclua as informações obrigatórias de acordo com a ABNT

 

De acordo com a NBR 6492, definida pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), esses são os itens obrigatórios em uma planta de situação:

a) simbologias de representação gráfica, conforme as prescritas no Anexo;
b) curvas de nível existentes e projetadas, além de eventual sistema de coordenadas referenciais;
c) indicação do norte;
d) vias de acesso ao conjunto, arruamento e logradouros adjacentes com os respectivos equipamentos urbanos;
e) indicação das áreas a serem edificadas, com o contorno esquemático da cobertura das edificações;
f) denominação dos diversos edifícios ou blocos;
g) construções existentes, demolições ou remoções futuras, áreas non aedificandi e restrições governamentais;
h) escalas;
i) notas gerais, desenhos de referência e carimbo.

Planta de situação: inclua as informações obrigatórias da ABNT

4- Utilize o AutoCAD e o Google Maps (ou faça a mão)

 

Após reunir todas essas informações, é hora de colocar a mão na massa e criar a planta de situação.

É importante destacar que o contorno do desenho deve sempre ser representado por uma linha mais grossa, enquanto os elementos complementares da planta de situação podem ter uma linha com espessura média.

Já as linhas mais finas são usadas para representar as cotas, linhas auxiliares, hachuras e outros elementos secundários.

O desenho da planta de situação pode ser feito à mão ou com a ajuda do AutoCAD.

Planta de situação no AutoCAD

Nos últimos anos, com a criação do Google Maps, o desenvolvimento da planta de situação ficou muito mais fácil.

É claro que a visita ao local, feita geralmente com a presença de um engenheiro, é obrigatória. Mas essa ferramenta permite que o arquiteto faça a verificação do lote e vetorize a imagem no AutoCAD.

Planta de situação: Google Maps

No vídeo abaixo, no canal do Prof. Rogério Taygra Vasconcelos Fernandes, é possível ver um tutorial de planta de situação feita com Google Maps.

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