Ornamento é o elemento decorativo de uma composição arquitetônica ou de design. Ele é usado em casas, prédios, móveis, cerâmicas, trabalhos em metal, itens de decoração, entre outros objetos. O objetivo é embelezar a obra ou item em questão.
A história do ornamento está ligada diretamente com a arquitetura. Desde o Antigo Egito até os edifícios esplêndidos do Art Nouveau, a ornamentação foi usada para valorizar as obras e encantar as pessoas.
Quer saber mais sobre esse elemento tão característico que foi condenado na arquitetura moderna? No post de hoje, vamos explicar o que é ornamento e mostrar alguns exemplos usados na arquitetura ao longo da história. Acompanhe!
O que é ornamento?
Ornamento é o elemento decorativo de uma composição arquitetônica ou de design. Ele é usado em casas, prédios, móveis, cerâmicas, trabalhos em metal, itens de decoração, entre outros objetos. O objetivo é embelezar a obra ou item em questão.
O ornamento também aparece em vários momentos da história da arquitetura como um símbolo de status de uma casa ou edifício.
Ele pode ser esculpido em pedra, madeira ou metais preciosos. O gesso e a argila também são materiais que servem para esse fim. Além disso, um ornamento também pode ser pintado ou impresso em uma superfície.
Para entendermos melhor o significado do ornamento na arquitetura, vamos a uma breve retrospectiva do seu uso ao longo da história.
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Ornamento na arquitetura: história
Arquitetura egípcia
Os primeiros ornamentos marcantes que podemos destacar estão presentes na arquitetura egípcia, que começou a surgir a mais de 2.500 anos a.C.
A ornamentação egípcia está muito ligada a símbolos. Por exemplo: os murais traziam imagens que representavam as tarefas habituais daquele povo e cada desenho ou hieróglifo podia ter um significado específico.
Vale destacar que, para muitos estudiosos, um ornamento tem função somente decorativa, ou seja: não é necessariamente o caso dos ornamentos egípcios, que também são carregados de significados e funcionam como uma espécie de linguagem.
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Arquitetura grega
Os ornamentos na arquitetura grega estão presentes nas famosas colunas de ordem Dórica, Jônica e Coríntia. Cada uma foi criada em um local e época diferentes (dentro do mesmo período), o que traz uma variação de características nos ornamentos.
A ornamentação fica localizada no capitel, que é a parte superior de uma coluna. As partes mais altas dos templos também eram ornamentadas, algumas com folhas, flores de lótus e cabeças de animais.
A palmeta e a folha de acanto são exemplos de ornamento muito encontrados na arquitetura clássica que, posteriormente, também foram usados em outras épocas.
Arquitetura renascentista
Viajando no tempo, chegamos na era renascentista, que foi um dos períodos em que a ornamentação na arquitetura ganhou mais destaque.
Trata-se de uma época em que houve uma ruptura da Idade Média e início da Idade Moderna. A arquitetura renascentista busca trazer princípios como o ideal humanista, a relação de proporção, a unidade e a harmonia.
Diante desse contexto, há um resgate de alguns ornamentos usados na arquitetura grega como as folhas e colunas. Também há o uso de abóbodas, cúpulas hemisféricas, frontões e arcadas.
E qual era o objetivo do ornamento? Trazer respeito e harmonia para os edifícios de uma forma harmônica e padronizada.
Arquitetura barroca
O ornamento no barroco ganhou ainda mais destaque. O estilo arquitetônico ficou marcado por uma decoração expansiva que trazia a ideia de grandiosidade, poder e riqueza.
Quando falamos das igrejas barrocas italianas, é comum observar nas fachadas colunas ornamentadas e a imagens de anjos, molduras ou brasões. Um exemplo é a Igreja de São Carlos nas Quatro Fontes, localizada em Roma
Na parte interior das igrejas, o uso do dourado está fortemente presente nos ornamentos da arquitetura barroca. Em relação aos materiais, eles eram feitos de madeira, mármore, gesso, entre outros.
O ornamento no barroco tinha como objetivo causar emoção e fazer com que a Igreja exercesse mais influência sobre os fiéis.
Art Nouveau
Não dá pra abordar o significado de ornamento sem citar o Art Nouveau. Trata-se de um movimento artístico que surgiu na Europa entre 1890 e 1910 e se manifestou principalmente nas artes plásticas, na escultura, no design e na arquitetura.
Os ornamentos em forma de folhagens, flores, animais e formas orgânicas no geral são algumas das principais características do estilo Art Nouveau.
O uso de novos materiais, como vidro e ferro, expandiu as possibilidades na hora de criar um ornamento de arquitetura. Diante desse contexto, eles passaram a ser usados no mobiliário e até mesmo em outros tipos de estruturas, como escadas, pontes, entre outros.
A arquitetura moderna e o fim da ornamentação
Arquitetura moderna foi um conjunto de movimentos e ideias que predominaram na arquitetura durante boa parte do século XX. Le Corbusier, um dos precursores do movimento modernista, criou os 5 pontos da arquitetura moderna. São eles:
- Fachada livre
- Janelas em fita
- Pilotis
- Terraço jardim
- Planta livre
Entre suas principais características estão a priorização de formas simples e geométricas. Diante desse contexto, o uso de ornamento na arquitetura passou a ser considerado desnecessário e ultrapassado.
Na visão dos arquitetos modernistas, esse elemento clássico perdeu o sentido, pois exercia uma função apenas estética. Uma frase icônica de Mies van der Rohe resume bem o que eles priorizavam em suas obras: “Menos é mais”.
Hoje é possível observar ornamentos em casas antigas e obras de patrimônio histórico. Sem dúvida, esses elementos contribuíram para a beleza e evolução da arquitetura na história.
Qual a sua obra com ornamento favorita? Compartilhe com a gente nos comentários!