Os revestimentos são importantes elementos na composição de um ambiente interno ou externo. Além da questão funcional (revestir pisos e paredes), os revestimentos podem ser responsáveis pelo bom resultado do espaço, sendo muitas vezes o grande diferencial do projeto.
Atualmente, arquitetos e designers de interiores tem feito uso da diversidade de formatos, cores e dimensões de revestimentos disponíveis no mercado para atribuir ousadia e criatividade em seus projetos.
O avanço das tecnologias permitiu desenvolver produtos especiais que garantem exclusividade e personalidade às peças. Destacamos aqui algumas inovações que revolucionaram o uso dos revestimentos e suas possibilidades de aplicação.
Impressão digital
A impressão digital é um recurso que vem inovando o mercado de cerâmicas nos últimos anos. Por meio de um sistema de impressão com qualidade fotográfica, é possível reproduzir nas peças cerâmicas imagens decorativas, padrões geométricos e simular materiais naturais com grande realismo (mármores, pedras, madeiras).
Na última década, o desenvolvimento da tecnologia de impressão chegou à impressão Full HD, que por ter alta definição, confere ainda mais semelhança ao material natural.
Com a impressão Full HD é possível criar relevos e aplicar efeitos 3D em superfícies planas, atribuindo profundidade e textura às peças, e reforçando ainda semelhança aos materiais, não só no aspecto visual, mas também na sensação do toque.
Além da infinidade de texturas e padrões, a vantagem da impressão digital é que se trata de uma tecnologia sustentável, já que contribui na economia de recursos naturais, gerando menos impacto ao meio ambiente.
Outra grande vantagem é o custo do produto, que muitas vezes é inferior quando comparado ao materiais naturais em relação ao custo, manutenção e durabilidade.
Como resultado, tem-se peças com design altamente personalizado.
Super relevos: os revestimentos 3D
Os revestimentos com super relevo vem ganhando cada vez mais adeptos entre arquitetos e designers. São revestimentos que apresentam relevos e texturas 3D, encontrados em diferentes formatos, cores e dimensões.
Muito versáteis, as peças apresentam inúmeras possibilidades de uso, desde aplicações pontuais até grandes painéis. Por seu desenho diferenciado e personalizado, as peças muitas vezes adquirem um caráter escultórico, assumindo o protagonismo nos ambientes.
O dinamismo dos desenhos também proporciona o efeito de movimento ao espaço e muitas vezes suaviza as emendas entre as peças, criando um plano único. A intenção é mexer com os sentidos dos usuários, criando texturas e despertando curiosidade e beleza.
Revestimento retificado: junta seca
O sistema junta seca pode ser utilizado em pisos e paredes, e foi desenvolvido para diminuir a percepção das emendas entre as peças, gerando o efeito de um plano único.
Como diz o nome, a junta seca é uma técnica que dispensa o uso do rejunte no assentamento do revestimento. As peças são instaladas “encostadas” umas nas outras (utiliza-se apenas argamassa colante).
É importante ressaltar que a junta seca só pode ser utilizada em peças retificadas, ou seja, que tenham corte reto e padronizado de fábrica, para que possam ser assentadas o mais próximo possível, sem gerar vãos.
Deve-se evitar o uso dessa técnica em áreas molhadas, pois um possível contato com a água pode danificar a argamassa e gerar infiltração. Também não é recomendado o uso em áreas em que as peças possam sofrer dilatação excessiva (calor, frio, trânsito), pois nesses casos o rejunte se faz necessário para diminuir o impacto e evitar rachaduras, trincas e quebras de peças.
Devido ao cuidado na instalação, recomenda-se o assentamento das peças seja realizado por um profissional.
Variação de tom e tamanho
Um dos principais problemas encontrados por arquitetos ao especificar um revestimento é a variação de cor e tamanho que pode existir entre os lotes de fabricação de um mesmo produto. Ou seja, podem haver situações em que se está assentando o revestimento e fica nítida a diferença entre o mesmo produto por de lotes diferentes. Ou mesmo, durante a obra faltou o revestimento e o lote de reposição veio diferente.
Pensando em evitar esse tipo de situação, muitos fabricantes desenvolveram tecnologias especiais que garantem a padronização total das peças, como o sistema monotom e monocálibre.
O sistema monotom garante que os produtos decorados com impressão digital Full HD não apresentem variação de tonalidade, independente do lote de fabricação. Já o sistema monocálibre proporciona maior precisão de corte, assegurando que os os produtos retificados não apresentarão diferenças de dimensões de uma produção para outra, independentemente do lote de fabricação.
Grês polido
O grês polido é um tipo de porcelanato com excelentes propriedades físico-mecânicas. O revestimento tipo grês apresenta baixa absorção e alta resistência mecânica, o que permite sua utilização em diversos ambientes.
O polimento do produto, processo em que a peça recebe, após a queima, uma camada de polimento com alto brilho que lhe atribui uma aparência vitrificada, confere-lhe resistência e baixa manchabilidade.
Outra vantagem são suas características estéticas, pois o processo de produção do material permite a reprodução fiel de pedras raras. Além disso, deve-se destacar a estabilidade de cor apresentada pelo produto, não havendo alteração após o uso.
Porcelanatos em grandes formatos
Outro avanço na tecnologia dos revestimentos são os porcelanatos em grande formato, também chamados porcelanatos large ou maxiformatos. Encontrados em diversos tamanhos, as placas podem chegar a dimensões de até 3m, e representam uma boa estratégia para diminuir o número de emendas entre as peças e dar a sensação de amplitude ao espaço. Esse recurso é muito importante principalmente em texturas que imitam materiais naturais, como madeira ou mármore, em que o baixo número de emendas ajuda a deixar o desenho dos veios mais contínuo e mais fiel ao material natural.
Os porcelanatos large também são uma excelente opção para quem procura integrar ambientes, pois dão a sensação de unidade ao espaço. Quando utilizados nas paredes, as peças podem chegar a ter a altura dos pés-direitos dos ambientes.
A instalação deve ser realizada por profissionais especializados, e os cuidados de manutenção são os mesmos recomendados aos formatos menores.
Como surgiu o revestimento cerâmico?
Vamos relembrar o surgimento do primeiro material de revestimento: a cerâmica.
Utilizadas na arquitetura como revestimento por volta de 500 a.C., a cerâmica acompanha o homem desde então, e sua tecnologia vem evoluindo juntamente com ele. O primeiro revestimento cerâmico criado na história foi o azulejo, cujo termo, de origem árabe, significa “pedra polida”.
Largamente utilizada pelos islâmicos, a azulejaria foi difundida pela Europa a partir da chegada dos árabes no território ibérico. Dessa forma, Espanha e Portugal se destacaram na produção desse material, que passou a fazer parte da cultura dos dois povos com cores particulares e desenhos variados.
Os painéis de azulejos revestiam fachadas e compunham painéis que contavam histórias políticas e religiosas e as tradições dos povos. No século XV em Portugal, os azulejos eram encontrados nos interiores de palácios reais. A partir do século XVI, a produção regular de revestimento cerâmico no país torna seu uso mais frequente, podendo ser observado em igrejas, conventos e palácios nobres da alta burguesia. Somente no século XVIII, com a implantação da indústria manufatureira e a consequente diminuição dos custos do produto, o revestimento cerâmico ganha uso em diferentes espaços das cidades, interiores e exteriores, revestindo fachadas, pátios, jardins, chafarizes, entre outros.
No Brasil, a influência portuguesa no uso de azulejos foi direta. De início, o revestimento cerâmico apresentava um alto custo, sendo utilizado somente por famílias nobres nos interiores das edificações. A partir do século XIX seu uso se expande também para fachadas e outros elementos, demonstrando-se um elemento muito adequado para o clima tropical do país. Seu uso se difundiu pelo país principalmente no norte, nordeste e Rio de Janeiro, adornando sobrados e casas, conferindo um aspecto bastante particular às primeiras cidades brasileiras.
Anos mais tarde, no Modernismo, os azulejos assumiram papel protagonista como símbolos da cultura brasileira, compondo os belíssimos painéis artísticos que adornavam as arquiteturas de Oscar Niemeyer, Lúcio Costa, Rino Levi, entre outros.
Ainda hoje os revestimentos cerâmicos são utilizados intensamente na criação de projetos inusitados e inovadores. As tecnologias de ponta expandiram as possibilidades de uso desse material, assim como potencializaram criativamente os projetos, chegando a resultados quase inacreditáveis em termos de resolução de imagens e texturas.
Dessa forma, arquitetos e designers de interiores continuam imprimindo a identidade e a cultura brasileira em seus projetos, que cada vez mais ganham espaço também no cenário internacional.
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Esse post foi escrito pela Ceusa Revestimentos Cerâmicos, a única empresa que garante assentamento junta seca, com produtos monotom, monocálibre e textura flossy.