O Museu do Ipiranga, localizado na cidade de São Paulo, é uma das obras mais importantes da história do nosso país. Ele fica no Parque da Independência, que é a região onde Dom. Pedro I proclamou a independência do Brasil em 1822.
Quer conhecer mais sobre a origem desse edifício tão icônico?
No post de hoje, vamos falar mais sobre a história do Museu do Ipiranga. Boa leitura!
Museu do Ipiranga em São Paulo: História e Arquitetura
Muitas pessoas acreditam que o Museu do Ipiranga foi a casa de Dom. Pedro I, mas na verdade esse edifício já nasceu com o objetivo de ser um museu.
Ele foi inaugurado em 1895 como um Museu de História Natural e Monumento em homenagem à Independência do Brasil.
No Centenário da Independência, em 1922, reforçou-se o caráter patriótico do Museu. Foram criados novos acervos e a decoração interna do espaço foi refeita com pinturas e esculturas apresentando a História do Brasil.
E aqui vai mais uma curiosidade: o nome oficial do Museu do Ipiranga é Museu Paulista da Universidade de São Paulo e ele está vinculado à USP desde 1963.
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O museu tem um acervo cheio de peças raras que ajudam a mostrar como era o nosso país no período da proclamação da Independência. Além disso, ele também traz registros da história de São Paulo.
Entre os itens estão mobiliários, obras de arte, documentos, entre outros objetos valiosos. Muito legal, né?
Agora vamos falar um pouco sobre a arquitetura maravilhosa desse edifício? Os responsáveis pelo projeto foram os italianos Tommaso Gaudenzio Bezzi e Luigi Pucci. O estilo arquitetônico é eclético e foi baseado no de um palácio renascentista.
Ele foi construído com a técnica de alvenaria de tijolos cerâmicos, que era uma novidade para época.
Devido ao excelente gerenciamento de obra de Luigi Pucci, o Museu do Ipiranga ficou pronto em um prazo relativamente curto para a época– foram 6 anos de obra.
E claro que não dá pra falar sobre a história do Museu do Ipiranga sem destacar o lindo Parque da Independência.
O responsável por esse trabalho foi o paisagista belga Arsenius Puttemans, que se inspirou em jardins clássicos franceses, como o do Palácio de Versalhes.
O jardim do Parque da Independência foi inaugurado em 1909, 14 anos após a inauguração do Museu do Ipiranga.
Devido a processos de restauro realizados pela FAU (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP), os chafarizes ainda preservam as características arquitetônicas do projeto original.
Além de inspirar-se no paisagismo francês, a monumentalidade do Jardim do Parque da Independência traz uma memória imperial dos tempos da proclamação da República.
Agora que você já conhece a origem e a arquitetura dessa obra maravilhosa, vamos te contar as novidades sobre a reabertura do Museu do Ipiranga.
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Museu do Ipiranga: Reforma
O Museu do Ipiranga está fechado desde 2013 para uma grande reforma e restauração no edifício. A previsão é que a reabertura aconteça no dia 7 de setembro de 2022, que é a data do Bicentenário da Independência do Brasil.
A expectativa é que a capacidade de visitantes seja triplicada de 300 mil para 900 mil pessoas/ano.
O projeto de restauração é de autoria do escritório H+F Arquitetos com curadoria da USP.
Além de voltar com uma estrutura mais segura, o Museu do Ipiranga se adaptou às normas de acessibilidade universal.
Os visitantes também terão acesso a salas para atendimento, café, área de descanso e outros espaços que são essenciais em museus modernos. Que alegria ver uma obra tão importante para a nossa história reabrindo ao público, não é mesmo?
Conheça o Museu do Ipiranga por dentro
O Museu do Ipiranga ajuda a contar a história do Brasil por meio de um acervo cheio de peças raras.
São mais de 400.000 mil unidades, entre objetos, iconografia e documentação textual, do século 17 até meados do século 20.
Entre os destaques, está a representação de D. Pedro I como herói da Independência. Também há fotografias da família real e mobiliário do período colonial.
Outro detalhe que chama a atenção na arquitetura do Museu do Ipiranga é a sua escadaria do hall de entrada, que representa o Rio Tietê, ponto de partida dos Bandeirantes rumo ao interior do país.
Também é importante destacar a presença do quadro Independência ou Morte (1888), de Pedro Américo. A obra é considerada a representação mais consagrada e difundida do momento da independência do Brasil.
Uma curiosidade é que a pintura é bem maior do que as portas e janelas do Museu do Ipiranga. Ela foi montada originalmente onde está e, até hoje, nunca foi retirada de lá, nem para a reforma do museu.
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