Refutando por completo o conceito do “menos é mais”, o maximalismo na decoração pode ser definido como uma oposição clara ao minimalismo, ou seja, o uso de elementos e recursos decorativos é ilimitado.
Na prática, o maximalismo pode aparecer nas estampas ousadas combinadas a outros padrões no mesmo ambiente, nos objetos de decoração dispostos em uma espécie de galeria dinâmica, nas misturas de estilos e épocas diferentes etc.
Este artigo, portanto, será inteiramente dedicado aos adeptos do “mais é mais”. Caso este seja o seu perfil, confira abaixo as principais características, vantagens e desvantagens do design maximalista.
Sobre a originalidade do seu projeto
Talvez esta seja a principal vantagem da decoração maximalista: quem a escolhe tem a liberdade de criar, não se limita aos padrões ou às tendências da área.
É seguro dizer que se trata de um movimento de contracultura, uma vez que já existem regras preestabelecidas para que um ambiente seja considerado modelo de outros projetos, copiado por entusiastas e profissionais do ramo.
O que pode acontecer com esses “modelos”, no entanto, é a ausência de originalidade, de elementos que acompanhem sua personalidade.
Até mesmo a história de quem ocupa o espaço pode ser inserida num projeto maximalista. Acontece que uma peça antiga, de família, não precisa ser descartada por não se alinhar ao estilo do projeto, ela pode ser inserida junto de outros elementos e estilos.
É preciso manter o foco
Toda essa sensação de liberdade criativa precisa ser canalizada, uma vez que qualquer projeto, maximalista ou não, precisa de harmonia.
Se for possível, a ajuda profissional pode ser um ótimo investimento, já que o designer de interiores se certificaria de que o ambiente não terminasse sobrecarregado, o que é um risco.
Mas se contratar um profissional não for uma opção viável, não se preocupe. Para evitar um ambiente caótico, há diversas maneiras e direcionamentos que você mesmo pode aplicar no decorrer do processo.
Antes de conhecê-los, porém, se faz necessário aprender um pouco mais sobre como se originou a tendência maximalista na decoração.
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Robert Venturi e seu “menos é chato”
O estadunidense Robert Charles Venturi foi um arquiteto vencedor do Prêmio Pritzker, dedicado aos melhores profissionais do ramo.
Crítico ferrenho do caráter minimalista da decoração moderna, Venturi cunhou a memorável frase “menos é chato”, ou “less is a bore”, que acaba por iniciar um movimento pós-moderno voltado para projetos com mais personalidade, mais calor e sensibilidade.
Para ele, isso significava projetar prédios que não se conformavam com as regras propostas pela arquitetura moderna, de modo que os elementos fossem híbridos, não puros, com vitalidade, mesmo que desordenados.
Traduzido para o design de interiores, o conceito segue a mesma linha: mesmo que para alguns o projeto possa parecer bagunçado, estará repleto de personalidade e referências diversas.
Esse sentimento anárquico, para ele, é mais importante do que acompanhar padrões arquitetônicos, ou decorativos.
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Só nos resta saber: por onde começar?
Não se trata apenas de um exagero decorativo, o ambiente maximalista precisa ser dosado, priorizando a harmonia dos elementos, como já mencionamos. Mas, por onde começamos?
1.Sobre elementos contrastantes
No caso das paredes, por exemplo, certifique-se que a base ou os elementos fixados sejam minimamente contrastantes. Ou seja, caso escolha um tom neutro para a pintura das paredes, pode abusar nas estampas e padrões de quadros ou objetos decorativos, mas se escolher um papel de parede chamativo, os elementos precisam ser mais sóbrios, neutros.
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2.Sobre a mistura de cores
A regra da paleta de cores não precisa ser seguida nesse tipo de decoração, pelo contrário, você pode misturá-las à vontade, contanto que mantenha o preceito do contraste: base neutra para objetos com múltiplas cores, objetos sóbrios para uma parede colorida.
Se a sua intenção é trazer vitalidade e sensação de alegria ao ambiente, uma boa dica é usar molduras coloridas, que também podem seguir diferentes padrões.
3.Peças antigas ou novas?
Porque não as duas opções? A prática do garimpo é bastante comum entre os profissionais da decoração, já que elementos de diferentes épocas podem funcionar muito bem juntos.
O maximalismo contempla, inclusive, aqueles objetos de coleção que, em teoria, não ficariam bem juntos, mas que podem ser expostos num mesmo ambiente caso o projeto seja bem feito.
Um rádio antigo pode ser um excelente elemento de decoração. Por outro lado, ninguém quer uma televisão antiga, que não funciona propriamente, certo? Saiba que esses dois elementos, novo e velho, podem aparecer no mesmo cômodo, basta que sua disposição obedeça a uma lógica.
Por fim, lembre-se de que qualquer decoração maximalista está na contramão do que é comumente aceito. Logo, não tenha medo dos riscos ou de tornar o seu espaço uma extensão da sua personalidade!
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