Se você é arquiteto ou designer de interiores e atua de forma autônoma, sabe que o trabalho de cobrar e receber seu pagamento pode se tornar uma espécie de segunda jornada.
Mesmo que seus clientes sejam incríveis e pontuais, essa é uma tarefa que vem depois de várias outras etapas.
Pense: após a prospecção e dos primeiros contatos com o cliente, vem o desenvolvimento do projeto e depois, em alguns casos, vem a execução. Isso sem falar no atendimento e na organização financeira e burocrática de cada um.
E aí, quando você já está trabalhando em novas ideias, surge a preocupação com o pagamento de um cliente anterior.
Se fosse possível calcular agora o tempo que você já dedicou cobrando um cliente ou indo ao banco, quantas horas seriam, no total?
Até pouco tempo, receber pagamentos de fato era uma tarefa complicada para profissionais autônomos que prestam serviços e, por isso, não recebem o valor na mesma hora.
Mas esse cenário vem mudando com a facilidade de acesso a máquinas de cartão de crédito para autônomos e o apoio de ferramentas digitais que ajudam a administrar o fluxo de pagamentos.
Cheque é coisa do passado
Alguns profissionais, principalmente os veteranos, se acostumaram a receber em cheque. Só que, para muita gente, essa opção ficou tão antiga quanto esperar em pé na fila do banco.
E, nesse caso, “muita gente” equivale a milhões de brasileiros. Para você ter uma ideia, dados divulgados no início de 2018 pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) mostraram que, no ano de 2017, foram compensados 85% menos cheques do que no ano de 1995. Houve queda mesmo em relação a 2016: foram 14% documentos a menos.
E os especialistas confirmam que esse é um caminho sem volta.
Enquanto isso, os cartões de crédito e débito vêm dominando o mercado, crescendo de forma contínua ano a ano. De 2008 a 2016, dados do Banco Central do Brasil revelam que as transações com cartões praticamente triplicaram, passando de 4,7 bilhões para 12,7 bilhões. Estimativas chegam a prever que, até 2026, pelo menos 40% do consumo das famílias brasileiras será feito no cartão.
Na prática, sem rodeios, isso significa que cada vez mais pessoas preferem pagar com cartão. Muitas, inclusive, não têm mais talão de cheques na carteira.
Já os mais jovens, os famosos millennials — a geração de nascidos entre 1980 e 1996 conhecida pelo senso estético apurado e um consumo de arquitetura e decoração em redes como o Pinterest, por exemplo — vivem ligados nas tendências e, cá entre nós, muitas vezes nem sabem preencher um cheque. Faça uma pesquisa informal com as pessoas à sua volta e comprove.
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Mas e a transferência bancária?
Aí você pode argumentar: “Eu me atualizei e aceito pagamentos por DOC e TED”. Sim, essa é uma opção, digamos, mais atual. Porém, não é difícil chegar às desvantagens.
Quem garante que seu cliente, apesar das boas intenções, vai conseguir se lembrar das datas das transferências? Como você organiza seus recebimentos — e, mais importante ainda, detecta atrasos — quando o único controle é um lançamento feito na conta corrente?
Isso, sem falar na inadimplência, o maior inimigo de qualquer empreendedor. Recebendo por transferência bancária ou cheque, você não se protege de um imprevisto como esse.
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Máquina de cartão para autônomo: por que o cartão é fácil para o seu cliente
Ficou claro que, com uma máquina de cartão sempre à mão, você ganha tempo para se dedicar às suas outras atividades e trabalha com a certeza de que o pagamento vai cair na data programada. Mas será que é viável uma máquina de cartão para autônomo?
Até alguns anos atrás, não era qualquer profissional — nem com qualquer faturamento — que tinha acesso fácil a uma maquininha de cartão. Felizmente, isso também mudou. Hoje, com burocracia mínima e preços mais acessíveis, autônomos que trabalham como MEI ou ME estão aderindo a boas opções como a iZettle. Você sabia que com ela, por exemplo, o pagamento feito por seu cliente com cartão cai automaticamente na sua conta bancária em dois dias úteis?
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Além de tudo isso, a facilidade de pagar com cartão pode ser um estímulo para o seu cliente na hora de fechar negócio. Mas isso nos leva ao próximo tópico…
Cartão mais democrático
Nessa hora, é essencial saber se colocar no lugar da pessoa que está contratando seus serviços. Convenhamos: um projeto arquitetônico ou uma repaginada na decoração da casa não são decisões que se tomam de uma hora para outra, e os valores pagos não equivalem a um cafézinho.
Principalmente, em tempos de crise econômica, quem contrata um arquiteto reflete sobre essa decisão, faz cálculos e se programa para pagar em dia. É aí que a possibilidade de parcelamento no cartão pode ser o empurrão que faltava.
E, como falamos ali em cima, o cartão também é uma tendência, faz parte de um novo conjunto de comportamentos. Nesse sentido, a praticidade e a segurança também podem ser relevantes para a decisão do seu cliente.
Quer conseguir mais clientes? Aprenda em apenas 12 passos:
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Aplicativos para controlar as finanças
Nessa onda de facilitar a rotina com a ajuda da tecnologia, também está na hora de deixar de lado aquele caderninho de contabilidade. Experimente estes aplicativos e ferramentas online que organizam seus pagamentos e permitem uma visão global do que acontece na sua empresa:
QuickBooks ZeroPaper
Com relatórios customizáveis e gráficos bonitos de se ver, o QuickBooks ZeroPaper promete sincronizar contas bancárias e levar o controle do seu negócio para a tela do smartphone.
Nibo
Com seções dedicadas a clientes, fornecedores e sócios, a proposta do Nibo é facilitar a contabilidade de empresas de diferentes portes.
Qipu
Opção mais enxuta, o Qipu vale a pena para quem está começando a atuar como MEI ou ME, já que apresenta o passo a passo da emissão da nota fiscal e do pagamento mensal do DAS.
Quer facilitar a sua vida? Veja uma lista completa com 26 apps para arquitetos que vão facilitar sua vida!
Este post foi escrito por Ana Flávia Gama, especialista de Marketing e Comunicação da iZettle, empresa sueca de tecnologia financeira que apoia micro e pequenas empresas no Brasil e mais 11 países.