O termo kitsch foi criado no século XIX para classificar produções artísticas consideradas inferiores, feias e exageradas. Esse conceito foi resinificado e, nos dias atuais, define uma manifestação cultural de personalidade que pode ser aplicada na decoração.
No Brasil, as palavras “cafona” e “brega” são usadas frequentemente para classificar o estilo kitsch. Mas, na realidade, esse conceito traz grandes reflexões, afinal o que é feio para alguns pode ser bonito para outros, não é mesmo?
Se você tem vontade de conhecer mais sobre esse estilo, fique atento(a). No post de hoje, vamos explicar a origem do kitsch e mostrar exemplos impactantes na decoração. Boa leitura!
O que é kitsch?
O termo kitsch foi criado no século XIX para classificar produções artísticas consideradas inferiores, feias e exageradas. Esse conceito foi resinificado e, nos dias atuais, define uma manifestação cultural de personalidade que pode ser aplicada na decoração.
A decoração kitsch passou a fazer muito sucesso nas últimas décadas, pois traz liberdade para que as pessoas utilizem vários objetos sem medo de ousar. Nesse estilo, não há preocupação com a dose certa, harmonização ou regras de decoração.
Quando falamos sobre o significado de kitsch em um projeto de arquitetura, as lembranças do cliente e sua bagagem de vida falam mais alto na hora de decorar um ambiente.
Os objetos usados têm valor sentimental, pois lembram aquele parente querido, uma viagem marcante, um momento especial, entre várias outras histórias.
Não é à toa que ambientes com decoração kitsch se parecem com aquelas casas antigas de vó, cheias de recordações de muitos anos de vida.
Antes de mostrarmos mais características da decoração kitsch, confira como esse termo surgiu.
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Qual é a origem do termo kitsch?
O termo kitsch apareceu no vocabulário dos artistas e colecionadores de arte em Munique em torno de 1860 e 1870. Ele surgiu a partir das palavras alemãs kitschen e verkitschen, que podem ser traduzidas de várias formas, entre elas: barato e vulgar.
Os termos também estão relacionados a um sentimentalismo excessivo e, por aí, já dá pra começar a entender qual é o significado de kitsch.
Foi a partir da década de 1930 que ele se popularizou devido aos críticos Theodor Adorno, Hermann Broch e Clement Greenberg.
De forma bem resumida, para eles, a produção cultural criada para as massas consistia em reproduções e cópias das artes originais. Sendo assim, vários produtos comercializados que remetiam a algo artístico (como estatuetas, porcelanas, bibelôs, estampas de figuras célebres, entre outros), tinham um valor inferior.
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A crítica vinha da ideia de que nem sempre o que era copiado era belo, já que essa visão dependia de quem estava fazendo a cópia.
Diante desse contexto, o estilo kitsch trouxe muitas questões que são debatidas até hoje. Entre elas, estão: qual é o real significado de arte? O que define o que é feio ou bonito quando falamos de produções artísticas?
Por muitas décadas, o kitsch teve um sentido pejorativo, mas isso começou a mudar no período posterior à Segunda Guerra Mundial (1939-1945) devido ao Art Pop. Trata-se de um movimento artístico que surgiu na década de 1950 e aproximou a arte da vida cotidiana da população americana.
Ao unir arte e design comercial, os artistas do art pop fizeram com que o kitsch brilhasse pela primeira vez. O estilo ganhou força e passou a ser usado em várias manifestações artísticas e na decoração.
Quais são as características de decoração kitsch?
A decoração kitsch é polêmica, mas tem feito sucesso principalmente em projetos para clientes jovens que buscam ambientes instagramáveis.
Se pudéssemos resumir a decoração kitsch em uma palavra seria: exagero. Mas aqui o excesso de cores, estampas e objetos ajudam a trazer a personalidade do cliente para o espaço.
Os objetos usados na decoração Kitsch costumam ter um estilo vintage. Telefones, abajures, geladeiras, TV’s e itens de cozinha são alguns exemplos de itens com essa característica.
Muitos deles têm valor sentimental, já que são lembranças de pessoas queridas ou que marcaram algum momento da vida do cliente.
Sabe aqueles objetos clássicos das casas brasileira que muita gente acha brega como, por exemplo, pinguim de geladeira e jarra de abacaxi? No estilo kitsch eles são muito bem-vindos!
Aliás, itens divertidos que remetem à cultura pop ou fazem parte da nossa cultura também ficam perfeitos nesse estilo de decoração.
Veja outros exemplos de objetos que fazem sucesso no kitsch:
- souvenirs turísticos
- itens religiosos
- brinquedos
- bibelôs
- porcelanas
- objetos que remetem a celebridades
- miniaturas
Os materiais também são tão versáteis como os objetos. Um dos mais marcantes é o plástico que, claro, sempre aparece com cores marcantes. Molduras de gesso com ornamentos e tons metálicos (bronze e prata) também fazem sucesso na decoração kitsch.
Sobre a disposição dos objetos, quanto mais itens acumulados em uma composição, melhor. Esse é um dos charmes da decoração kitsch: deixar tudo junto e misturado sem preocupação.
As cores vibrantes nas paredes ajudam a reforçar o estilo kitsch. Os tons de rosa, vermelho, violeta e lilás são os mais usados, mas as opções de paletas de cores são infinitas. No mobiliário, a dica é apostar na mistura de materiais, cores fortes, estampas e texturas.
Qual a sua opinião sobre o estilo kitsch? Compartilhe com a gente nos comentários!