Falar sobre a história do design de interiores envolve tantos pontos que chega a ser difícil de saber ao certo como começar.
Tão antiga quanto o nascimento da arquitetura, a arte do design de interiores surgiu, provavelmente, no Egito Antigo, e evoluiu a ponto de se tornar o que vivemos hoje.
Passando por diferentes estilos, o design de interiores sempre foi referência para todos os amantes de decoração – mesmo que indiretamente.
Quer saber mais sobre a história do design de interiores e sua influência no mundo e na vida das pessoas?
Confira o texto a seguir e não deixe de assistir, no final, a uma animação em vídeo que explica tudo isso de uma forma muito divertida e didática!
A história do design de interiores no Brasil foi fortemente influenciada pelo modernismo, conheça mais sobre esta escola da arquitetura nesta postagem de nosso blog: Como a arquitetura moderna brasileira mudou a cara do país
História do design de interiores: tudo começou no Egito
Egito
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Acredita-se que a história do design de interiores teve origem no Egito Antigo, mais de mil anos antes de Cristo. Na época, os egípcios construíam suas casas com barro e decoravam com mobiliário de madeira, tapetes de palha, de tecidos e de peles de animais.
Todo o conhecimento que temos sobre esse cotidiano é retratado em pinturas feitas em vasos e murais.
Foi no Novo Império que tudo o que diz respeito à pintura, escultura e arte alcançaram um nível ainda mais alto de beleza e plenitude. Um exemplo são os itens de uso da nobreza e da corte, desenhados com perfeição e repletos de detalhadas técnicas.
Com a falta de florestas na região, os egípcios eram obrigados a buscar alternativas à madeira, passando a utilizar o tijolo de barro e a palha nas construções locais, e materiais como vime e junco para o desenvolvimento de móveis.
Foram eles os pioneiros no uso de camas, mesas, cadeiras e banquinhos no cotidiano. O baú, por exemplo, era muito utilizado para substituir os usuais armários.
O design de móveis evoluiu muito até os dias de hoje, conheça algumas das referências atuais e compare:
Grécia
Foi na era Clássica, mais precisamente entre 499 a.C. a 79 d.C., que a Grécia Antiga passou pelo seu apogeu. Na época, mesmo se inspirando no estilo egípcio, os gregos passaram a priorizar o conforto, adotando poucos móveis dentro de casa e um design com curvas.
Mesmo com a redução do mobiliário, os gregos dedicavam boa parte de seu tempo pensando em sua elaboração. Com o passar do tempo, passaram a desenvolver produtos mais refinados, com a aplicação de metais nobres.
Nas salas, na decoração não podiam faltar sofás, que também já eram utilizados para fazer refeições, já que possuíam um suporte para apoiar os pratos.
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Roma
No Império Romano, a nobreza habitava residências caracterizadas por grandes pátios internos, mosaicos nos pisos e pinturas que simbolizavam os deuses e a literatura daquela época.
Além de se preocupar com o impecável acabamento das construções, os romanos foram responsáveis por introduzir na história do design de interiores uma maneira de pensar que combinasse o conforto e a estética.
Diferentemente do que estamos acostumados, as camas ficavam na sala principal, e não no dormitório. Como o imperador tinha o costume de receber convidados no momento do jantar, eram instalados diversos leitos no ambiente.
Dessa forma, os romanos desenvolviam o design de interiores de forma intuitiva, já que cada cômodo da casa tinha uma finalidade e todo o seu mobiliário era pensado com o objetivo de atender às necessidades das pessoas e criar um ambiente mais aconchegante para todos os convidados.
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Renascença
Presente na arquitetura de castelos e catedrais europeias, o estilo gótico representou o período anterior à Renascença.
Foi uma mudança brutal de estilos, em que se trocou a frieza e escuridão do gótico pela inovação e criatividade do Renascentismo, fazendo o uso de luz natural e pátios abertos.
Dessa forma, surgiu o Renascentismo, na Itália, servindo como exemplo a algumas de suas principais cidades, que se caracterizam pelo detalhado planejamento e composição estética.
Os arquitetos passaram a desenvolver ambientes com materiais diversificados, como o mármore e a madeira, móveis rebuscados, pinturas especiais e detalhes visuais diferenciados nos pisos. O intuito, na época, era impressionar e mostrar riqueza e poder.
Barroco
No início do século XVII, foi a vez do estilo barroco ditar tendência na época. Caracterizado pela decoração rica em detalhes e mais majestosa do que sua antecessora, o barroco se espalhou rapidamente pela Europa.
Com o uso demasiado de mármore em diversas cores, vitrais e cúpulas pintadas, cada dia mais novas igrejas e palácios foram construídos e diversos prédios redesenhados.
Uma grande referência da época barroca é o aclamado Palácio de Versailles, na França. Considerado uma das maiores construções da história, o local impressiona tanto na parte externa quanto interna. Rico em detalhes, o palácio possui grande quantidade de espelhos e uma quantidade enorme de cômodos.
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Neoclassicismo
Com a Revolução Industrial, o design de interiores deixou de ser algo exclusivo da nobreza, e acabou se tornando essencial nas casas de classe média. Assim, os moradores passaram a dar preferência para papéis de parede e tapetes que antes eram sinônimo de luxo.
Outros ornamentos se tornaram mais acessíveis à população, como os móveis estofados e até mesmo os livros. Ao se dedicar ao design de interiores, as pessoas sentiam-se poderosas e mais confiantes perante a alta sociedade.
O estilo classicista, que durou até o início de 1800, também foi marcado pelo uso de materiais diferenciados, como a seda, o veludo e o bronze.
Estilo Vitoriano
Remetendo às características da época da rainha Vitória, da Inglaterra, o estilo vitoriano foi responsável por influenciar todos os cantos do mundo, já que deu uma nova roupagem aos móveis, tecidos e vestimentas.
Se tornou tendência por quase um século inteiro, principalmente por fazer o uso tanto de elementos atuais para a época, quanto retrôs.
A decoração era aconchegante e prezava o clima familiar, unindo a sofisticação e a praticidade dos novos materiais industriais da época. Madeiras escuras, móveis densos e paredes com cores fortes são algumas de suas minuciosidades.
Modernismo
Importante referência para o mundo do design, o modernismo da metade do século XX durou entre 1930 e 1965, e suas características são vistas até os dias de hoje, como os móveis tão peculiares da época que voltaram a se tornar ícones a partir da década de 90.
Alguns dos mais renomados designers da história fizeram parte do movimento, como Charles Eames, Florence Knoll, Mies van der Rohe e Le Corbusier.
Com a modernização mundial, no começo do século XX, novos costumes vieram à tona, juntamente com tecnologias jamais vistas antes.
Assim, os designers de interiores passaram a viver o melhor momento da história, podendo planejar os espaços de maneira funcional e moderna.
O design moderno, desde então, evoluiu cada vez mais com o passar do tempo, e é possível ver de perto seu progresso tanto ao redor do mundo quanto na história do design de interiores do Brasil.
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Agora que você conhece a história do design de interiores, que tal se aprofundar mais em seu aprendizado? Leia também: O que é design de interiores? Seja um expert no assunto!