Número corresponde à metade da relação total de expositores no evento
Se navegar é preciso, emergir de algum lugar é algo que se faz necessário na trajetória de qualquer designer para que as portas comecem a se abrir e as coisas, acontecerem. Não à toa, a MADE – Mercado, Arte e Design, principal feira voltada ao design colecionável Mercado Livre traz a missão de apresentar todos os anos os novos nomes que despontarão no circuito mundial do segmento ao mesmo tempo em que funciona como um agente catalisador de talentos alimentando o futuro desta comunidade.
O crescente aumento de expositores estreantes a cada edição reflete o bom momento do design nacional, com talentos emergentes ao lado de nomes já consolidados em destaque nos principais eventos e premiações internacionais do circuito.
Nesta edição, foram 38 estúdios e designers de diferentes partes do Brasil participando da feira pela primeira vez, número que corresponde à metade da relação total de expositores, e que confirma também a importância desta curadoria para a comunidade.
Nomes como o do designer curitibano especializado em peças de mobiliário, Patrick Afornali, ou dos sergipanos da Casa de Marimbondo, que é um projeto de movelaria criada na comunidade do Tigre, pantanal sergipano, e o da arquiteta paulistana especializada em design de objetos e iluminação, Patricia Faragone, são alguns exemplos que refletem bem essa diversidade cultural com criativos de diferentes regiões apresentando diferentes propostas e conceitos dentro do design.
Todo esse contraste pôde ser sentido ao andar pelos corredores da feira, que nesta edição recebeu o tema “Design em Movimento”, tendo esse “movimento” atuando como princípio fundamental de criação cujo papel é sugerir dinamismo, dar ritmo e harmonia a uma composição. Este particular arranjo de linhas, formas, texturas e cores é ainda capaz de direcionar o nosso olhar pela obra e transmitir mensagens de conforto, eficiência e rigor técnico, entre outras distintas emoções, no caso específico do universo semântico do design, ao mesmo tempo em que sugere algo mais íntimo, o de fazer acontecer, como um desafio constante do instante da inspiração até o produto final.
No caso dos talentos emergentes desta e de todas as outras edições MADE, quem está chegando agora, carrega, talvez a maior de todas as preocupações, a incerteza de se ser aceito pelo público e comunidade. Por outro lado, o designer estreante também não gerou expectativas por parte dos visitantes e na maioria das vezes conseguiram surpreender além dos objetos expostos ao contarem as histórias e os conceitos desenvolvidos por trás de cada criação.
A MADE encerrou no dia 30 de junho, mas o Viva Decora trouxe para você um pouco do que rolou por lá!
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