Edifício Copan: História, Arquitetura +9 Curiosidades Interessantes

O Edifício Copan, projeto de Oscar Niemeyer, fica localizado no centro da cidade de São Paulo. Ele faz parte do grupo de obras arquitetônicas que tornaram-se icônicas, seja pela sua história, sua estética ou materiais utilizados. A obra chama a atenção pelo seu formato de S, que traz leveza para o mar de linhas retas que encontramos no local.

Mas, além da estética, o projeto do Edifício Copan traz muitas curiosidades. Quer descobrir quais são? Neste artigo, vamos contar a história do Edifício Copan. Boa leitura!

Conheça a história de outras obras icônicas da arquitetura:

Edifício Copan: história

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A história do Edifício Copan começa na década de 50, época em que a cidade de São Paulo passava por um intenso crescimento mobiliário.O projeto foi encomendado pela Companhia Pan-Americana de Hotéis, e é daí que vem o nome do edifício (Copan é a abreviatura do nome da empresa).

A ideia era homenagear a cidade de São Paulo pelo seu IV Centenário. O projeto original do Copan trazia um edifício residencial de 30 andares e outro que abrigaria um hotel com 600 apartamentos. A princípio, os dois prédios seriam ligados por uma marquise no térreo que teria garagem, cinema, teatro e comércio, mas só o edifício residencial do Copan foi construído.

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Devido a alguns imprevistos, como a demora na aprovação do alvará de construção e problemas financeiros nos primeiros incorporadores do empreendimento, a obra só foi concluída em 1966. A quantidade de apartamentos do projeto original do Copan também foi alterada durante a obra, indo de 900 para 1.160.

Tantas mudanças impactaram a execução do projeto, principalmente em relação ao tamanho dos apartamentos. Grande parte das alterações no projeto do Copan aconteceram a partir de 1957, quando o Banco Bradesco comprou os direitos de construção do Edifício.

O Copan nos anos 80

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Após a sua inauguração, o Copan tornou-se um dos metros quadrados mais caros da cidade de São Paulo.Naquela época, morar no centro era sinônimo de glamour. Mas a partir dos anos 80, como aconteceu com vários edifícios do centro da cidade, o Copan passou por uma fase de degradação.

Os elevadores não funcionavam, as paredes estavam desgastadas, havia lixo por toda parte e o local chegou a virar um ponto de prostituição e tráfico de drogas. A partir de 1986, os moradores passaram a administrar o edifício no lugar da imobiliária. Essa mudança fez com o que o Copan voltasse a recuperar seu valor para os moradores de São Paulo. Em 2012, o Edifício Copan foi tombado como patrimônio da capital paulista.

Edifício Copan: Arquitetura

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O Edifício Copan tornou-se icônico pela sua arquitetura. Seu formato em S contrasta com a paisagem, cheia de ângulos retos. Essa é umas das características mais famosas do arquiteto responsável pelo projeto, Oscar Niemeyer.Além de bonito, o formato em S ajudou o Edifício Copan a ocupar o espaço da melhor forma.

Não é o ângulo reto que me atrai, nem a linha reta, dura, inflexível… o que me atrai é uma curva livre e sensual — Oscar Niemeyer

Quem olha de fora imagina o Copan como um grande bloco, mas a fachada encobre 6 blocos ligados pelo piso (do A ao F). Além dos apartamentos, o Copan também conta com uma área comercial no térreo com 72 lojas, além de um cinema que atualmente é ocupado por uma igreja evangélica. O edifício tem 20 elevadores e 221 vagas para automóveis no subsolo.

Outra característica do projeto do Edifício Copan é o uso de brises. O elemento, além de oferecer proteção solar e conforto térmico, também ajudou a realçar a fachada ondulada. Oscar Niemeyer já havia usado esse recurso no Edifício Montreal, uma de suas primeiras obras construídas em São Paulo.

Falando sobre os materiais, o Edifício Copan foi construído com alvenaria e concreto armado. O revestimento foi feito com pastilhas cerâmicas.

A saída de Oscar Niemeyer do projeto do Edifício Copan

Devido a demora na construção, o projeto do Edifício Copan passou por várias modificações durante o processo. Existe uma versão da história que afirma que todas essas mudanças fizeram com que Oscar Niemeyer desanimasse do projeto.

Foi então que ele partiu para Brasília para acompanhar as obras da nova capital do Brasil. Após a sua saída, o arquiteto Carlos Lemos assumiu a execução da obra do Copan. Por esse motivo, muitos questionam se o Edifício Copan como conhecemos hoje é, de fato, um projeto de Oscar Niemeyer. Mas, o próprio Carlos Lemos já confirmou em entrevistas que o projeto é, sim, de Oscar Niemeyer.

5 curiosidades sobre Edifício Copan

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1. A escolha de Oscar Niemeyer para o projeto do Copan

Oscar Niemeyer não foi o primeiro nome escolhido para o projeto do Copan.

As primeiras conversas foram com arquitetos americanos, mas devido a desentendimentos entre os envolvidos a escolha final foi pelo escritório de Oscar Niemeyer e Carlos Lemos.

2. Antes do Edifício Copan chegar ao que conhecemos hoje, o projeto mudou ao menos 3 vezes

3. Oscar Niemeyer traçou as linhas do projeto, mas o profissional que foi responsável por erguer o edifício foi Carlos A. C. Lemos

4. O início das obras para a construção do Edifício Copan se deu em 1952 e foi concluída somente em 1972

5. CEP próprio

O Edifício Copan tem um CEP próprio, o número 01046-925.

6. Maior prédio residencial em concreto armado do Brasil

Com 115 metros e 120 mil m² de área construída, o Copan é o maior prédio residencial do Brasil feito com concreto armado.

7. Diversidade de moradores

Os apartamentos do Edifício Copan variam desde kitnets até espaços com mais de 200 m². Essa característica faz com que o prédio receba uma diversidade de moradores, de diferentes classe sociais, idades e estilos de vida.

8. Visitação no Edifício Copan

A visitação no Edifício Copan acontece de segunda a sexta em dois horários, às 10:30h e as 15:30h. É só se dirigir ao bloco F, 15 minutos antes.

As visitas duram de 15 a 20 minutos, e é possível ter uma vista panorâmica da cidade de São Paulo.

9. Na época da sua inauguração, o Edifício Copan podia ser visto de quase todas as regiões próximas

Essa localização privilegiada acabava proporcionando uma sensação de familiaridade com os moradores paulistanos, assim como acontecia com o Edifício Martinelli.