Décadas atrás, os desconstrutivistas libertaram o mundo dos ângulos retos e de uma arquitetura monótona!
Tudo começou no final dos anos oitenta, em uma exposição chamada “Arquitetura Desconstrutivista”, realizada no Museu de Arte Moderna de Nova York.
Esse título fazia relação à reflexão de alguns artistas da época sobre as obras de arte e o consumismo.
Com o avanço tecnológico na área do design, principalmente com os programas de computação gráfica, os arquitetos podiam desenvolver modelos cada vez mais complexos. Especulava-se como os novos edifícios deveriam ser projetados.
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Nesta postagem você vai entender mais sobre o desconstrutivismo na arquitetura e alguns de seus maiores expoentes.
O que é o desconstrutivismo na arquitetura?
Desconstrutivismo na arquitetura é um estilo que veio em continuação do anterior, o pós-modernismo.
Ele faz oposição a regras como pureza geométrica, forma em relação à função – muito difundidas pela Bauhaus, ornamento como elemento de decoração, fidelidade de materiais, entre outros.
Os arquitetos, muita vezes, até pareciam se inspirar no construtivismo russo, assim como em outras formas de experimentação da época.
Alguns eventos históricos que marcaram o desconstrutivismo na arquitetura:
- A exposição no MOMA, nos Estados Unidos;
- O concurso internacional para o Parc de la Villette, na França;
- A inauguração do Wexner Center for the Arts, em Columbus, Ohio.
Obras e arquitetos desconstrutivistas
O desconstrutivismo na arquitetura foi o movimento que trouxe mais fama para certos artistas.
Alguns dos edifícios mais emblemáticos do século XX foram construídos durante esse período da história.
São produções que mais chamaram a atenção do mundo as dos arquitetos:
- Peter Eisenman;
- Helmut Swiczinsky;
- Michael Holzer.
E entre os principais exemplares de desconstrutivismo na arquitetura, selecionamos alguns dos mais importantes:
- O prédio da Televisão Central da China, em Pequim;
- O Gehry Tower;
- A “Casa Dançante”, na República Tcheca;
- O Museu Guggenheim, na Espanha;
- O Museu Imperial da Guerra, em Manchester, no Reino Unido;
- A Biblioteca Central de Seattle;
- O Limoges Concert Hall;
- O Novo Museu da Acrópole, em Atenas, na Grécia.
Mais uma importante corrente arquitetônica que você precisa conhecer: os aspectos e as vantagens da arquitetura orgânica de Frank Lloyd Wright
Principais características
A arquitetura não é senão uma das muitas formas de comunicação.
– Jacques Derrida.
Muitas das ideias dos arquitetos desconstrutivistas estão baseadas nas teorias do filósofo Jacques Derrida.
Ele que acreditava que a arquitetura poderia ser manipulada diferentemente – tanto os seus elementos quanto os seus conceitos estruturais.
Assim, os projetistas preferiram elaborar edifícios partindo da remontagem de suas partes, dando a impressão de um projeto caótico, imprevisível, desprovido de lógica.
Alguns princípios elementares da arquitetura passaram a ser destorcidos, deslocados, como esqueletos e envoltórios.
Vê-se muito a manipulação das superfícies e das coberturas.
Muitas obras são dominadas por formas curvilíneas ou não retilíneas.
Os sistemas são interrompidos em diferentes camadas, já que a ideia principal é, mesmo, a fragmentação.
Daniel Libeskind e o desconstrutivismo na arquitetura
De todos os arquitetos mais ousados pertencentes a arquitetura desconstrutivista, vale destacar o papel de Daniel Libeskind.
Algumas de suas ideias eram tão complexas que parecia ser impossível tirá-las do papel.
E mesmo depois de serem construídas, ainda provocam uma enorme estranheza no público.
Tudo parece que vai desabar a qualquer momento. Mas, isso é pura impressão.
A arquitetura deve nos fazer sentir diferente, se não, a engenharia já seria o suficiente.
– Daniel Libeskind.
Frank Gehry e o desconstrutivismo
O arquiteto canadense Frank Gehry mudou, de verdade, a história da arquitetura.
Muitas de suas criações estão associadas às ideias do movimento desconstrutivista – embora o próprio profissional não defina assim.
Em 1988, ele ganhou o Prêmio Pritzker após projetar uma casa em Santa Mônica.
O prédio seria, posteriormente, considerado um protótipo do modelo de edificação de arquitetura desconstrutivista.
Em certas obras, como no Museu Guggenheim de Bilbao, vê-se uma clara desarmonia e desorientação visual.
Os “edifícios esculturas” de Gehry possuem formas heterogêneas, quase deformadas.
Suas estruturas são parte de fragmentos. Nada segue uma função clara.
Tudo está em movimento. É uma nova ordem dentro da desordem. Uma estética única, que virou a marca registrada do profissional.
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