Antigamente considerado um espaço secundário da casa, o banheiro vem ganhando protagonismo cada vez maior nos projetos. Trata-se de um espaço de extrema importância pois está profundamente relacionado à intimidade e ao bem-estar dos usuários, além de ser um dos ambientes mais utilizados da casa.
Escolher o chuveiro ideal para um banheiro pode ser determinante para a eficiência e bom resultado do seu projeto. Com a diversidade de produtos disponíveis no mercado e o desenvolvimento de novas tecnologias, muitos arquitetos e designers de interiores encontram dificuldades para escolher o produto ideal para o banheiro planejado.
Para que a decisão seja assertiva, essa escolha deve ser baseada não somente em critérios estéticos, mas também funcionais. Lembre-se também que o momento do banho deve proporcionar, além da limpeza, relaxamento e renovação, e um resultado ineficiente pode ocasionar a insatisfação do cliente. Não basta o chuveiro apresentar um design interessante se não apresentar conforto, funcionalidade e economia. Portanto, a especificação desse equipamento deve se basear na análise de todos esses critérios.
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Como escolher chuveiro: 9 pontos a se pensar
Destacamos aqui os principais pontos de atenção que o profissional deve considerar ao especificar um chuveiro.
1 – Chuveiro a gás ou elétrico?
O primeiro ponto a se considerar é a utilização de chuveiro elétrico ou a gás. Os chuveiros a gás costumam oferecer maior conforto que os chuveiros elétricos devido à maior pressão da água: quanto mais alta for a pressão, maior será a sensação de massagem feita pelos jatos de água.
Além disso, os chuveiros a gás proporcionam maior economia na conta de luz, pois não utilizam energia elétrica para o aquecimento da água. Em contrapartida, gastam mais água pois o tempo para aquecimento é maior (dispensa-se o líquido frio parado na tubulação entre o aquecedor e o bocal de saída do chuveiro, consumindo mais água).
Existem também os chuveiros solares, considerados uma das soluções mais sustentáveis, mas que só podem ser utilizados quando a edificação dispõe de sistema de aquecimento solar.
Portanto, para a escolha do tipo de chuveiro devem ser avaliadas as instalações existentes, pois alguns imóveis não dispõem de sistema de aquecimento de água a gás. Nesses casos, cabe verificar a disponibilidade e os custos para execução desse sistema (que pode ser do tipo de passagem – aquecedor individual – ou de acumulação – boyler). Além disso, é importante avaliar junto ao cliente suas prioridades (consumo, conforto, praticidade) e a relação custo-benefício entre um sistema e outro.
Veja também: Como fazer instalação elétrica? Confira o passo a passo completo!
2 – Condição de pressão da água
A condição de pressão da água oferecida no imóvel influi diretamente na escolha do chuveiro ideal. A pressão da água de uma residência unifamiliar é diferente da de um edifício de apartamentos: como a pressão hídrica está diretamente relacionada à altura da coluna de água, quanto mais alta for a edificação, maior será a pressão da água fornecida. É por isso que em um edifício de vários andares geralmente a pressão da água dos pavimentos mais baixos é maior que a dos pavimentos mais altos, que estão mais próximos da caixa d’água. Já as residências que recebem água diretamente da rua geralmente apresentam pressão maior que outros sistemas de abastecimento.
Assim, para situações de pressão fraca, recomenda-se a utilização de um chuveiro pressurizado ou a instalação de um pressurizador separado (que aumenta a pressão da queda da água).
Se a pressão da água já for adequada, não é necessário o uso do pressurizador, podendo-se optar por um modelo comum.
3 – Modelos de chuveiro: parede ou teto?
Chuveiros de parede
Os chuveiros de parede são os modelos mais comuns, indicados em situações em que a tubulação hidráulica está embutida na parede. Podem ser encontrados chuveiros de parede com ou sem tubo (ou “pescoço”); quanto mais longo o tubo, maior a distância entre o jato de água e a parede. Essa é uma característica importante a se considerar principalmente quando o espaço do box é reduzido: nesse caso, recomenda-se um chuveiro com tubo menor. Além disso, nessa categoria também se encontram os chuveiros com desviador e ducha manual, que, quando desejado, impedem a saída de água simultânea pelo chuveiro principal e desviam o curso da água somente para a ducha manual, possibilitando direcionar o jato apenas para as partes do corpo desejadas.
Chuveiros de teto
Os chuveiros de teto apresentam a vantagem de poderem ser instalados no centro do box, aproveitando melhor esse espaço. Porém, sua instalação é mais restrita pois só podem ser utilizados em situações em que a instalação hidráulica provenha do teto. Consequentemente, também exigem a instalação de forro para esconder essa tubulação. Nessa categoria os fabricantes recomendam que o pé-direito do banheiro não ultrapasse a faixa dos 2.40m – 2.50m de altura, para que se garanta um bom jato d’água.
4 – Vazão do aparelho
A vazão do chuveiro refere-se à capacidade de fornecimento de água por minuto, podendo variar de 6 a 60 litros/min dependendo de seu modelo e da pressão da água existente. Os fabricantes costumam disponibilizar tabelas com essa informação de acordo com cada produto. É importante salientar que um modelo de grande vazão requer uma pressão adequada, pois se no local da instalação a pressão for mais baixa que o recomendado, o jato sairá fraco. A vazão da ducha também deve ser proporcional à vazão do aquecedor a gás, lembrando-se que quanto maior a vazão do aparelho, maior também o consumo de água.
5 – Tamanho do espalhador
Como já diz o nome, o espalhador é a peça que contém os orifícios por onde a água sai do chuveiro. Estão disponíveis no mercado chuveiros com diversos tamanhos de espalhador, pequenos, médios e grandes. O tamanho do espalhador também está relacionado à pressão de água existente e ao conforto desejado.
Quanto maior o espalhador, maior será a área do corpo coberta por água, e assim, mais confortável será o banho. Porém, podem existir casos em que o cliente prefira uma jato mais intenso e direcionado, nesse caso é mais adequado optar por um espalhador pequeno.
O espalhador pequeno também é aconselhado em situações de pouca pressão justamente para intensificá-la.
6 – Tipos de jato d’água
Além da diversidade de modelos de chuveiros, também é grande a variedade de tipos de jato d’água encontrados no mercado, desde os mais concentrados até os jatos que simulam o efeito de uma nuvem de água (nebulizador).
Nessa gama estão também jatos massageadores, jatos lineares ou direcionáveis, efeito cascata, entre outros.
Por ser uma escolha bastante particular e sujeita às preferências e estilo de vida do cliente, sugere-se que esse item seja avaliado conjuntamente entre o profissional e o usuário.
7 – Limpeza do produto e durabilidade
Limpeza e durabilidade também são itens muito importantes na especificação de um chuveiro.
O aço inoxidável é o material mais recomendado, pois além de evitar o enferrujamento, é um material resistente à corrosão e a altas temperaturas, atribuindo segurança e durabilidade ao produto. Além disso, é altamente higiênico.
Além da limpeza externa, a limpeza do espalhador também é essencial para garantir a vida útil do produto. Pensando nisso, foram lançados no mercado chuveiros com mecanismos auto-limpantes, evitando o entupimento das saídas d’água (e os desvios nos jatos) ocasionado pelo acúmulo de partículas.
8 – Escolha da marca
A confiança e credibilidade da marca contam muitos pontos ao se especificar um chuveiro, visando evitar futuros problemas técnicos e situações inconvenientes. Afinal, nada mais desagradável do que um banho interrompido.
Procure sempre marcas reconhecidas no mercado e lembre-se de verificar a garantia oferecida pelo fabricante.
Também é muito importante que o chuveiro especificado esteja em conformidade com as normas técnicas de segurança. Essa informação deve ser divulgada pelo fabricante na embalagem e manuais do produto.
9 – Design
A preocupação com o design do chuveiro é uma qualidade que vem sendo cada vez mais perseguida pelos projetistas. Não basta ser funcional, a peça também deve apresentar uma estética que dialogue com a linguagem geral do projeto do banheiro. Levando em conta essa necessidade, os fabricantes também tem se preocupado em criar produtos que esbanjam criatividade e arrojo nas mais diversas formas e cores.
Os formatos redondos sugerem uma linguagem mais clássica e tradicional, enquanto os chuveiros quadrados e retangulares ganham preferência em projetos que apresentam linguagem minimalista e contemporânea.
Os acabamentos vão de aço cromado até o cobre, passando pelo preto e um espectro variado de cores.
Outro modelo que vem ganhando muitos adeptos são os chuveiros para cromoterapia, que possuem leds coloridos que, pelo uso das cores, visam trazer o equilíbrio emocional, relaxamento e aliviar cansaços físicos e mentais.
Dessa forma, a escolha do design do chuveiro deve estar vinculada às qualidades que se quer obter no projeto como um todo. O fato é que um bom chuveiro, além de atribuir conforto, pode ser uma peça-chave do banheiro, atribuindo estilo e personalidade ao ambiente. Boa sorte nas escolhas e bons projetos!
Ficou confuso? Vamos recapitular:
Como escolher o melhor chuveiro: o que considerar
- A gás ou elétrico
- Condição de pressão da água
- Modelo: de parede ou de teto
- Vazão do chuveiro
- Tamanho do espalhador
- Tipo de jato
- Durabilidade e limpeza
- Credibilidade da marca
- Design
Abaixo, um organograma para auxiliar você na escolha do tipo de chuveiro de acordo com a pressão d´água existente no local da instalação.
Agora que você já sabe como escolher um chuveiro, que tal ver como criar a iluminação ideal para o banheiro e criar o ambiente perfeito?
Este post foi escrito pela Deca, maior fabricante de louças e metais sanitários do Hemisfério Sul.
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