O que é Coliving? Tudo Que Você Precisa Saber!

Coliving é um conceito de moradia compartilhada entre pessoas que buscam senso de comunidade, economia e um estilo de vida sustentável.

A princípio, o coliving lembra as vilas compartilhadas (cortiços), condomínios e repúblicas, mas existem algumas diferenças que caracterizam esse conceito.

Quer descobrir como funciona o processo para morar em uma moradia compartilhada? No post de hoje, vamos explicar com mais detalhes o significado de coliving e mostrar suas vantagens e desvantagens. Acompanhe!

O que é Coliving?

Coliving é um conceito de moradia compartilhada entre pessoas que buscam senso de comunidade, economia e um estilo de vida sustentável.

Espaços de coliving são projetados e administrados por empresas especializadas em compartilhamento de moradias.

Há também grupos de pessoas que se reúnem para alugar, comprar ou até mesmo construir colivings.

Alguns empreendimentos imobiliários já se inspiram no conceito de coliving para criar apartamentos pequenos com áreas em comum, como cozinha, lavanderia e até mesmo coworking.

Qual o significado de Coliving?

Coliving: espaço de integração compartilhado (foto: Papo Criativo)

Coliving: espaço compartilhado de trabalho (foto: ZAP em Casa)

Apesar de ser relativamente novo, o significado de Coliving tem origem em 1972, na Dinamarca.

Ele surgiu com o nome de cohousing, um termo similar que define o compartilhamento de habitações.

A primeira comunidade de cohousing, chamada Sættedammen, abrigava 35 famílias que tinham moradias individuais, mas compartilhavam espaços de convivência e atividades como refeições e limpeza.

Coliving Sættedammen nos anos 70 (foto: Sættedammen.dk)

Inspirado nesse modelo de habitação, em 1988, o arquiteto Charles Durrett começou a aplicar essa filosofia em empreendimentos nos EUA. Foi quando ele deu início a The Cohousing Company.

A empresa defende que o convívio compartilhado é a chave para promover uma sociedade mais sustentável.

A partir dos anos 90, o conceito de coliving chegou ao Canadá e no começo dos anos 2000 começou a fazer sucesso na Europa e Ásia.

Coliving: Threshold Centre Cohousing Community Cohousing nos EUA

No Brasil, o conceito de coliving começou a chamar atenção por volta de 2013.

A arquiteta e urbanista Lilian Lubochinski é uma das principais referências no assunto e consultora da Co Lares Brasil. Ela estuda modelos de coliving para a terceira idade.

Veja também: Casa Estilo Americano – Desvende os Segredos e Veja 35 Exemplos Incríveis!

Para quem o Coliving é indicado?

O coliving é indicado para quem busca um estilo de vida mais econômico, além de troca de experiências e convivência em comunidade.

De modo geral, jovens, autônomos e nômades digitais se interessam mais pela moradia compartilhada.

Mas também existem famílias e idosos que estão cada vez mais dispostos a reduzir custos e apostar em colivings.

Coliving: idosos estão cada vez mais interessados em cohousing (foto: Barba Feita)

Existem até mesmo colivings voltados para famílias com filhos. Nesses casos, os moradores formam uma rede de apoio que auxilia nos cuidados com as crianças.

Veja também: Projetos de casas adaptadas para idosos – 10 dicas para criar ambientes seguros

Qual a diferença entre coliving e república?

É comum que se confunda o conceito de coliving com repúblicas de estudantes, mas existem algumas diferenças sutis entre os tipos de moradia.

Em repúblicas, o morador aluga um quarto individual e divide espaços em comum com os colegas. Assim como no coliving, há uma convivência intensa, mas a diferença está no senso de comunidade, sustentabilidade e economia colaborativa.

Coliving é diferente de república

A ideia do coliving é que as pessoas possam ajudar-se em questões do dia a dia, desde no preparo do café da manhã até no compartilhamento de roupas e objetos.

Para que uma pessoa faça parte de um coliving, ela deve identificar previamente assuntos e objetivos que a conecte com outros moradores. Esse processo acontece por meio de reuniões e alinhamento de perfis.

Outra diferença em relação às repúblicas é que grande parte das pessoas que buscam um coliving não querem apenas economizar, mas também ter um estilo de vida flexível, confortável e alinhado com questões sustentáveis.

Além disso, como vimos no tópico anterior, o público-alvo de um coliving é bem mais amplo em relação à idade e situação econômica.

Veja também Arranha-céu: necessidade ou exagero? Conheça os maiores do Brasil e do mundo

Quais são as vantagens e desvantagens do Coliving?

 

Vantagens

 

Economia de recursos

A primeira grande vantagem de um coliving é a economia de recursos.

Além de economizar financeiramente, que opta por um coliving gera economia de água e luz, já que é comum que alguns empreendimentos sejam construídos com materiais de baixo impacto ambiental (como placas solares e sistemas de reaproveitamento de água, por exemplo).

Otimização do tempo

As tarefas em áreas comuns do coliving são compartilhadas, o que gera uma otimização de tempo para os moradores.

Se um morador chega mais tarde ou precisa se ausentar por alguns dias, por exemplo, o compartilhamento das atividades diárias garante a manutenção da casa.

Coliving ajuda na otimização do tempo

Veja também: Automação Residencial – Entenda Como Usar e Encantar o Cliente!

Localização

Os empreendimentos de coliving costumam ser construídos em áreas centrais e bem localizadas nas cidades.

É uma ótima solução para quem quer reduzir o tempo de trajeto até o trabalho e ter mais qualidade de vida.

Comunidade com as mesmas afinidades

Quem se interessa em morar em um coliving deve procurar um consultor ou empresa especializada que reúna pessoas com o mesmo interesse.

Após a formação do grupo, são feitas reuniões para identificar os perfis semelhantes. Esse período de alinhamento das expectativas e desejos pode durar até um ano.

Diante desse contexto, a convivência em um coliving costuma ser harmônica e rica em troca de experiências.

Coliving: pessoas compartilham os mesmo objetivos (foto: Freepik)

Veja também: Ecovila – Tudo Sobre o Assunto +11 Ecovilas Brasileiras Para Conhecer

Uso otimizado do transporte

Uma das essências do coliving são as atividades compartilhadas, o que pode incluir caronas quando necessário.

Além da praticidade, dividir o transporte diminui os custos e a emissão de gases poluentes na atmosfera.

Veja também: Você sabe o que é mobilidade urbana e qual o seu impacto na arquitetura?

Desvantagens

 

Falta de privacidade

Viver em coliving não é uma boa alternativa para quem prefere ter mais privacidade, já que a maior parte dos ambientes é compartilhado.

Tempo de espera para a mudança

Entre a etapa de reunião dos futuros moradores, alinhamento de expectativas, projeto arquitetônico e obras, a entrega de um coliving pode demorar até 3 anos.

Por isso, essa não é uma opção indicada para quem tem pressa de mudar-se, já que exige um planejamento a longo prazo.

Coliving: mudança pode demorar até 3 anos

Um coliving deve pensar na coletividade e espaços integrados. Quais seriam suas ideias para um projeto arquitetônico como esse? Compartilhe com a gente nos comentários!