Fazer projetos não é a única opção para quem cursa arquitetura ou design de interiores.
A carreira acadêmica, além de contribuir para os avanços da área, também traz muitos benefícios para quem quer ser professor ou pesquisador.
E aí, você ainda tem dúvidas se essa é a melhor opção para você? Neste artigo, vamos explicar o que é a carreira acadêmica, suas vantagens, as áreas de atuação de um acadêmico e como começar os estudos. Boa leitura!
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O que é carreira acadêmica?
A carreira acadêmica é o caminho profissional escolhido por professores universitários e pesquisadores. Quem busca essa área profissional precisa ser formado no ensino superior e fazer uma pós-graduação stricto senso (mestrado e doutorado).
Além de lecionar ou desenvolver pesquisas em sua área de conhecimento, outras atividades estão presentes na vida de um acadêmico, como:
- participação em eventos universitários
- apresentação de trabalhos em congressos e seminários
- realização de palestras
- publicação de artigos científicos
Vantagens da carreira acadêmica
Reconhecimento do mercado
Professores universitários são muito requisitados no mercado, principalmente aqueles que possuem muitas pesquisas e contribuem com frequência para os estudos de sua área.
Além disso, os salários costumam ser altos. De acordo com a pesquisa Mestres e doutores 2015 – Estudos da demografia da base técnico-científica brasileira, a média do salário de professores-doutores é de R$ 13,8 mil.
Estabilidade na carreira
O ensino superior é a busca de muitos brasileiros e, por isso, o mercado da educação sempre está aquecido.
De acordo com o Censo da Educação Superior 2016, houve o ingresso de 3 milhões de estudantes nas universidades em 2016, um aumento de 2,2% em relação ao ano anterior. Diante desse contexto, a demanda de professores universitários é sempre alta.
Com a atual situação econômica do país, em que muitos profissionais sofrem para conseguir um emprego ou estabilizar-se nas empresas, a carreira acadêmica surge como uma opção de estabilidade.
Flexibilidade de horários
Muitas profissões têm um ritmo de trabalho intenso e horários rígidos, algo que, muitas vezes, não contribui para a qualidade de vida.
As faculdades costumam ter três turnos de aulas, o que faz com que o acadêmico tenha liberdade para escolher a sua carga horária. Além disso, existem as férias no meio do ano, feriados e outros períodos que trazem mais flexibilidade.
Quem pode seguir uma carreira acadêmica em arquitetura e design de interiores?
Se você não gosta de fazer projetos, estudar materiais e outras situações da vida prática da profissão, a carreira acadêmica é perfeita pra você, certo? Não necessariamente.
Um acadêmico também deve ter intimidade com essas áreas para que possa compreender quais são as dificuldades e pontos a serem estudados.
Além disso, um bom professor precisa compreender o mercado de trabalho para exemplificar a seus alunos situações do dia a dia.
Mas, afinal, quais são as características necessárias para ser um bom acadêmico?
Independentemente da sua área de atuação, o pesquisador deve ser aquele profissional que busca conhecimento constante e se interessa por pesquisas que tragam avanços.
Caso a sua intenção seja lecionar, lembre-se que um professor precisa sempre manter-se atualizado com cursos de extensão, tanto da área de arquitetura como de outras relacionadas à docência.
Confira outras características importantes para quem quer seguir a carreira acadêmica:
- Gosto pela leitura
- Paciência
- Curiosidade
- Sensibilidade social
- Autocrítica
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Como seguir carreira acadêmica em arquitetura ou designer de interiores?
Caso exista um interesse pela carreira acadêmica ainda na universidade, o estudante pode fazer um projeto de iniciação. Essa atividade vai ajudá-lo a ter os primeiros contatos com pesquisas e desenvolver sua primeira tese.
Depois de formar-se, o arquiteto precisa iniciar uma pós-graduação stricto senso de mestrado acadêmico. Para conseguir o título, é necessário apresentar uma tese relevante para o avanço do conhecimento da área de arquitetura.
O mestrado acadêmico costuma durar de 2 a 2 anos e meio.
Após a aprovação da banca, o acadêmico pode partir para a pesquisa de doutorado. Nesse caso, o estudo precisa ser mais aprofundado e o tema deve ser inédito. Devido a sua maior complexidade, o doutorado pode durar de 4 a 5 anos.
Nos dois casos, além de fazer a pesquisa, aluno também precisa assistir algumas aulas presenciais da sua escolha.
Esses cursos podem ser pagos ou gratuitos. Para conseguir uma bolsa, é necessário matricular-se em instituições que ofereçam o financiamento por parte de algum centro de estudos.
São exemplos de instituições de incentivo a pesquisa: FAPEMIG, FAPESP, a CNPq e a CAPES.
Professor ou pesquisador? Eis a questão
Sem dúvida, o destino mais fácil para que investe na carreira acadêmica é a sala de aula. Conforme mostramos no começo do texto, existe uma alta demanda por professores universitários no Brasil. Mas e quem não quer ser professor?
A boa notícia é que, com o avanço da tecnologia e, principalmente das cidades inteligentes, existe um grande interesse de empresas e governo por profissionais qualificados.
Pesquisadores da área de arquitetura podem contribuir com o desenvolvimento de novas soluções tecnológicas voltadas para o planejamento e execução de ideias.
Como é a pesquisa acadêmica de mestrado e doutorado?
Conforme vimos até agora, uma carreira acadêmica é baseada em muitos anos de estudo e pesquisa sobre a área de atuação.
As pesquisas são uma ótima fonte de reflexão sobre as atuais condições da arquitetura e urbanismo, seus problemas e o que precisa ser mudado para a evolução da área e campos relacionados, como construção civil, design de interiores, entre outras.
Quando falamos de arquitetura e urbanismo, o acadêmico precisa pensar em algumas questões importantes como:
- novas tecnologias
- novos elementos
- novos tipos de materiais
- novas maneiras de construir e pensar as cidades
É claro que o interesse pessoal do mestrando ou doutorando também conta, afinal, não é possível passar tantos anos estudando sobre um assunto que não desperta interesse.
Ou seja: quem busca uma carreira acadêmica precisa achar o equilíbrio entre contribuir de forma significativa para o conhecimento da área e estudar um assunto que gosta.
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