Quem é Bernard Tschumi? Bernard Tschumi é um projetista de ideias inovadoras, que impactaram a teoria e a prática da arquitetura e influenciaram várias gerações de profissionais. Frequentemente, ele tem questionado a estética formal e a relação das obras com o seu entorno, além do programa de necessidades. Sua ideia é que, através da arte, existam três níveis de experiências possíveis que todo projetista ou usuário pode vivenciar.
Os três níveis de experiência, segundo Bernard Tschumi:
- o evento
- o espaço
- o movimento
Veja como Bernard Tschumi traduz a arquitetura:
A arquitetura não é o conhecimento da forma; mas sim, uma forma de conhecimento.
– Bernard Tschumi, em reportagem de Boletim Idea.
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Bernard Tschumi: biografia de um arquiteto desconstrutivista
Bernard Tschumi é filho de um arquiteto bastante conhecido na Suíça, chamado Jean Tschumi. Ele começou seus estudos em Paris, mas graduou-se em arquitetura pelo Instituto Federal de Tecnologia em Zurique, em 1969.
Seus primeiros trabalhos foram manifestos teóricos, como a série de desenho ‘The Manhattan Transcripts’, de 1970. Sua experiência prática só se deu após um estágio realizado no escritório Candilis Josic & Woods, em Paris.
O arquiteto abriu um escritório em Paris, no ano de 1983. Depois, inaugurou uma filial em Nova York, em 1988. Também lecionou, entre os anos setenta e oitenta.
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Onde Bernard Tschumi lecionou:
- Associação Arquitetônica de Londres;
- Universidade de Princeton;
- Cooper Union, nos Estados Unidos;
- Decano na Universidade de Columbia, em Nova York, de 1988 a 2003.
Bernard ganhou muitos prêmios e competições de projetos ao redor do mundo. Ele já recebeu homenagens pelo Legion d’Honneur e Ordre des Arts et Lettres, na França; além do Institute of Architects e do National Endowment for the Arts, nos Estados Unidos. Mas, a maior conquista de sua carreira foi o primeiro lugar no concurso para o Parc de la Villette, em Paris, obtido em 1983.
Características dos projetos de Bernard Tschumi
Quase sempre, Bernard Tschumi é lembrado como um arquiteto desconstrutivista. Na verdade, ele é um alguém que rejeita as convenções da arquitetura tradicional, estática.
Ele propõe obras que valorizam experiências, sejam elas espaciais ou organizacionais. Com inteligência, o profissional apresenta ideias de como a arte construída pode se relacionar melhor com a cidade, como o todo; além de outras disciplinas, como cinema e filosofia.
“Eu gostaria que pessoas em geral, e não apenas arquitetos, entendessem que a arquitetura não é apenas o que parece, mas também o que acontece nele.”
– Bernard Tschumi, em reportagem de Forbes.
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As obras de Bernard Tschumi que merecem destaque
Claramente, o projeto mais notável da carreira de Bernard Tschumi é o Parc de la Villette. Mas, existem outros exemplos importantes em seu portfólio. Em 1997, ele foi finalista do concurso para expansão do MoMa. E, atualmente, está trabalhando com o Museu de Arte Africana, em Nova York; o Museu da Nova Acrópole, em Atenas; o Museu de Arte Contemporânea de São Paulo; e uma sala para a filarmônica de Le Rosey, na Suíça.
Dentre as mais de sessenta obras projetadas por Tschumi, em quarenta anos de carreira, estão:
Obras de Bernard Tschumi em Arquitetura:
- O Centro Nacional de Arte Contemporânea de Lille;
- O Centro Arqueológico e Museu de Alésia, e a sala de concertos de Limoges, na França;
- O Teatro Nacional de Tóquio;
- A sede da Vacheron-Constantin e o Centro de Manufatura, na Suíça;
- O Blue Tower e o Centro de Atletismo da Universidade de Cincinnati, nos Estados Unidos;
- As intervenções em escolas de arquitetura em Miami, Nova York e Marne La Vallé.
Obras de Bernard Tschumi em Urbanismo e Paisagismo:
- Os planos mestres para as cidades de Pequim;
- Shenzhen;
- Nova York;
- Montreal;
- Chartres;
- Lausanne;
- Santo Domingo.
Como foi o plano de Bernard Tschumi para o Parc de la Villette
O Parc de la Villette é um parque público de Paris, com cerca de 125 acres de terra. É um endereço bastante famoso entre os turistas e um ponto de encontro badalado para os franceses.
Frequentemente, recebe programas culturais, educacionais, esportivos e de lazer. Nele há jardins, pontes, edifícios, passarelas e muitos outros espaços. No início dos anos noventa, toda a sua área foi revitalizada, através de um concurso internacional de projetos.
A proposta vencedora de Bernard Tschumi organizou o parque com base em um sistema de grade. A cada 120 metros foi instalada uma estrutura vermelha – estratégia para atividade e interação, onde o natural e o artificial se mesclam harmoniosamente.
Cada uma tem uma função, restaurante, café, estação de primeiros socorros, entre outros. Com volumes abertos ou fechados, elas evocam uma só sensação: a de liberdade.
O projeto do Parc de la Villette pode assim ser visto para incentivar o conflito sobre a síntese, a fragmentação sobre a unidade, a loucura e o jogo sobre a gerência cuidadosa. Este projeto subverte um número de ideais que lhe eram sacrificados no período moderno – desta maneira, pode ser aliado a uma visão específica de pós-modernidade
– Tschumi, em reportagem de Boletim Idea.
E aí, qual é a sua obra favorita de Bernard Tschumi? Compartilhe com a gente nos comentários!