Vitral é um tipo de vidraça composta por pedaços de vidros coloridos rejuntados ou pinturas que, normalmente, retratam cenas, personagens, brasões, ornamentos, entre outras figuras. Sua presença é comum em igrejas, mas também pode ser utilizado em residências ou outros tipos de obras.
A história do vitral começou na arquitetura paleocristã, por volta do século II. Mas foi na arquitetura gótica que esse elemento decorativo viveu seu apogeu e passou a encantar o mundo.
Quer descobrir qual a função dos vitrais das catedrais góticas e outras curiosidades incríveis? No post de hoje, vamos explicar o que são vitrais e mostrar 18 exemplos que vão mexer com o seu coração. Acompanhe!
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O que são vitrais?
Vitral é um tipo de vidraça composta por pedaços de vidros coloridos rejuntados ou pinturas que, normalmente, retratam cenas, personagens, brasões, ornamentos, entre outras figuras. Sua presença é comum em igrejas, mas também pode ser utilizado em residências ou outros tipos de obras.
Os pedacinhos de vidro dos vitrais podem ser unidos por gesso, pedra, madeira ou algum metal (o cobre é o mais comum).
Agora que você já sabe o que são os vitrais, conheça mais sobre a história de um dos elementos mais belos da arquitetura!
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Qual é a história do vitral?
Os vitrais surgiram na arquitetura paleocristã. Trata-se das obras produzidas por cristãos ou sob o patrocínio cristão desde o início do século II até o final do século V. No início, os pedacinhos de vidro eram unidos por meio de gesso, pedra, mármore ou madeira.
Infelizmente, quase não há o registro dos vitrais produzidos nesse período, pois muitas igrejas foram reformadas. Além disso, devido a fragilidade do vidro usado na época, muitos vitrais quebraram ao longo do tempo.
No início da Idade Média, os vitrais passaram a ser usados em igrejas. É possível encontrar alguns exemplos na arquitetura românica e bizantina, mas foi na arquitetura gótica que os vitrais ganharam destaque (falaremos mais sobre os vitrais góticos ao longo do texto).
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Na renascença, os vitrais começaram a ser usados em residências de famílias ricas, castelos, palácios do governo, entre outras obras laicas. As cores mais comuns eram preto, amarelo e branco.
Em relação aos desenhos dos vitrais, eles poderiam ser desde cenas do cotidiano, brasões da família, até temas clássicos da antiguidade.
No século XVIII, os vitrais despertaram o interesse de colecionadores, historiadores e artistas. Naquela época, a técnica medieval começou a ser redescoberta e passou a estar presente nas igrejas neogóticas.
Os vitrais também marcaram presença no Art Nouveau, movimento artístico que surgiu na Europa entre 1890 e 1910 e se manifestou principalmente nas artes plásticas, na escultura, no design e na arquitetura.
Os vitrais no Art Nouveau representavam figuras femininas, elementos vegetais e ornamentos.
Foi nesse período que surgiu os famosos vitrais Tiffany. Trata-se de uma técnica elaborada pelo artista e designer americano Louis Comfort Tiffany que permitiu criar vitrais com pedaços menores usando uma fita de cobre.
Esse novo método possibilitou a criação de vitrais em objetos como abajures e joias.
Em seguida, os vitrais assumiram a forma contemporânea parecida com o que vemos hoje em igrejas, residências, prédios públicos, entre outras obras.
Um dos exemplos de vitrais mais famosos do Brasil está na Catedral de Brasília, projetada por Oscar Niemeyer. As peças foram idealizadas por Marianne Peretti, considerada a maior vitralista do Brasil.
Outros exemplos famosos estão no Santuário Dom Bosco, também em Brasília, na Catedral da Sé e no Mosteiro de São Bento, ambos em São Paulo.
Qual a função dos vitrais das catedrais góticas?
Foi na arquitetura gótica que os vitrais começaram a aparecer com mais frequência nas igrejas. Com a evolução dos arcobotantes e criação das abóbadas de aresta, foi possível distribuir melhor o peso das paredes e criar grandes vitrais sem o risco de desabamento das estruturas.
Os vitrais eram feitos pelos artesões por meio de um longo processo de coloração das peças de vidro. Ao ser misturada com substâncias químicas específicas, ainda na fase de derretimento, a peça de vidro ficava colorida sem bloquear completamente a passagem de luz.
A modelagem do vidro, cortes, resfriamentos, pintura e encaixe das placas em perfis de chumbo (estruturas metálicas) também eram etapas de criação dos vitrais. Por fim, essa armação de metal era encaixada nas aberturas das paredes das catedrais.
Mas, afinal, qual é a função dos vitrais das catedrais góticas? Naquela época, acreditava-se que a luz que passava pelos vitrais e enchia as igrejas criava uma aura celestial para o ambiente. É como se a luz divina emanada por Deus estivesse presente no local.
Os vitrais também ajudavam a relembrar e glorificar os grandes momentos da histórica bíblica. É comum ouvir que essas representações eram a “Bíblia dos Iletrados”, já que os cristãos poderiam aprender as histórias mesmo sem saber ler.
Mas é preciso tomar cuidado com essa afirmação, já que as imagens, muitas vezes, eram complexas e de difícil compreensão para quem era leigo. Além disso, na maioria das igrejas, os vitrais se encontram muito no alto ou em lugares distantes do olhar contemplativo dos fiéis.
As cores mais presentes nos vitrais das catedrais góticas são o azul e o vermelho. O azul celestial representa o manto da virgem e, na França, o azul royal também fazia alusão ao brasão da Família Real. Já o vermelho corresponde ao sangue de cristo.
As imagens retratadas nos vitrais contavam histórias bíblicas ou de santos(a) que davam nome para a igreja. Além disso, também eram comum que os vitrais trouxessem o brasão da família que doou dinheiro para fazer uma capela ou outra benfeitoria para a Igreja.
Os vitrais também apresentavam em sua composição desenhos geométricos, arabescos ou monogramas.
Uma curiosidade é que os vitrais dos monastérios e igrejas da ordem dos cistercienses sempre apresentavam colorações menos vivas, enquanto que em grandes catedrais góticas os vitrais apresentam mais cores e tonalidades fortes.
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