Arquitetura românica é um estilo arquitetônico que surgiu na Europa por volta do século X e durou até a segunda metade do século XII. Suas principais características são as paredes robustas, os arcos arredondados e as janelas pequenas. O termo “românico” faz referência à influência da arquitetura romana presente em vários elementos desse estilo arquitetônico.
A arquitetura medieval trouxe grandes contribuições para a história e muitas delas surgiram nas igrejas românicas, também conhecidas como igrejas de peregrinação. Vale destacar também que foi na arquitetura românica que os arquitetos começaram a fazer experimentações com os arcos ogivais, que tornaram-se um dos elementos icônicos da arquitetura gótica.
Quer descobrir mais curiosidades sobre esse estilo apaixonante? No post de hoje, você vai conferir o que é arquitetura românica, as características da arquitetura românica e mais! Acompanhe.
O que é arquitetura românica?
Arquitetura românica é um estilo arquitetônico que surgiu na Europa por volta do século X e durou até a segunda metade do século XII. Suas principais características são as paredes robustas, os arcos arredondados e as janelas pequenas. O termo “românico” faz referência à influência da arquitetura romana presente em vários elementos desse estilo arquitetônico.
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Devido à sua proximidade com a arquitetura gótica e outros estilos arquitetônicos anteriores, é difícil fazer uma distinção clara de quando surgiram os primeiros elementos da arquitetura românica.
Essa é uma situação comum quando falamos de arquitetura medieval, já que a evolução dos estilos aconteceu de forma lenta e gradual. No entanto, a arquitetura românica apresenta algumas características únicas que vamos trazer aqui.
Quais são as características da arquitetura românica?
Janelas pequenas
Na arquitetura românica, não há muitas janelas e aquelas que existem são pequenas. Essa característica têm um motivo: o objetivo era impedir a entrada das “forças do mal”. Já em castelos, o propósito era evitar o ataque de inimigos durantes as guerras.
Parede robustas
As paredes das obras da arquitetura românica são grandes e sólidas. Além do intuito de defesa, uma das explicações para essa característica é que as igrejas românicas não eram desenvolvidas nos grandes centros urbanos e nem tinham influência do gosto refinado da nobreza.
Como, naquele período, o poder do rei estava enfraquecido e não havia vida social na corte, a Igreja tornou-se o único local que encomendava trabalhos artísticos. Seu único objetivo era ser vista como uma extensão do poder divino e a robustez das paredes de alvenaria trazia essa percepção. Por esse motivo, elas eram chamadas de “A Fortaleza de Deus”.
Capitéis
As obras da arquitetura românica têm como uma das principais características a presença de capitéis inspirados na arquitetura romana.
Abóbadas
As abóbadas usadas na arquitetura românica tinham dois estilos: de berço ou de aresta. Vamos a uma breve explicação sobre elas:
Abóbada de berço: consiste num semicírculo – o arco pleno – ampliado lateralmente pelas paredes. Apresenta duas desvantagens: o excesso de peso do teto de alvenaria e a reduzida luminosidade interna.
Abóbada de arestas: consiste na intersecção, em ângulo reto, de duas abóbadas de berço apoiadas sobre pilares. Sua vantagem em relação à abóbada de berço é a leveza e maior iluminação interna.
Feitas de pedra, elas traziam uma sensação de solidez para as obras. Trata-se de mais um elementos inspirado na arquitetura romana.
Arcos ogivais
Os arcos ogivais na arquitetura românica aparecem apenas em algumas obras construídas em meados do século XII. Esse elemento, que ficou famoso na arquitetura gótica, foi usado por alguns arquitetos em obras românicas como forma de experimentação.
Um exemplo de obra da arquitetura românica com arcos ogivais é a Abadia de Fontenay, localizada na França.
Tímpanos
Tímpanos são espaços, geralmente triangulares ou em formato de arcos, que eram usados nas entradas de igrejas, catedrais ou templos. Eles podiam ser lisos, ter ornamentos ou até mesmo esculturas.
Podemos ver os tímpanos em várias igrejas românicas. Abaixo, temos um exemplo na Catedral de Autum, localizada na França.
Vale destacar que as pinturas e esculturas românicas tinham temática essencialmente didático-religiosas, com produções voltadas para adornar os templos, bem como para instruir sobre os princípios da fé católica.
Frontões e colunas
Esses elementos estão mais presentes na arquitetura românica da Itália. Diferentemente do resto da Europa, as obras românicas italianas não têm formas pesadas, duras e primitivas. Por estarem mais próximos dos exemplos das arquiteturas grega e romana, os construtores italianos deram às igrejas um aspecto mais leve e delicado.
Igrejas românicas: veja exemplos incríveis!
Grande parte das igrejas românicas foram construídas ao longo de uma rede de estradas associadas à peregrinação. O exemplo mais famoso, que faz muito sucesso até hoje, é a Catedral de Santiago de Compostela, na Espanha.
Embora sua fachada tenha o estilo barroco, no interior da obra predomina a arquitetura românica.
Naquele período, os peregrinos viajam para visitar os santuários cristãos e conhecer as relíquias que ficavam depositadas nesses locais. Diante desse contexto, as Igrejas tiveram que aumentar os espaços internos e organizá-los de uma forma que facilitasse a acomodação dos visitantes durante a peregrinação.
É por isso que as igrejas românicas seguem o padrão basilical que traz em suas plantas a cruz latina e, em menor escala, a cruz grega. Um dos espaços mais característicos desse formato é o deambulatório.
Trata-se de um espaço perto do altar que permite a circulação de pessoas sem atrapalhar a cerimônia.
Muitas das igrejas românicas eram anexadas a mosteiros. Eles eram construídos com a ajuda de doações dos ricos aristocratas da época, que faziam caridade com o objetivo de serem recompensados com orações. Diante desse contexto, uma das instituições mais ricas e poderosas do século XII foi o mosteiro de Cluny, localizado na França.
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