Arquitetura Romana é uma manifestação artística dos Romanos que sofreu grande influência da arquitetura grega e estrusca. O luxo, a grandiosidade e a simetria das formas são algumas de suas características. Como exemplos de obras estão os templos, termas, basílicas, anfiteatros e arcos do triunfo.
A história do surgimento e desenvolvimento da arquitetura romana iniciou no século II a.C..
Naquele tempo, duas importantes culturas convergiam, a etrusca e a grega.
Ambas mantinham contato comercial com vários povos da bacia do Mediterrâneo.
Quando o processo de helenização das colônias tornou-se mais intenso, todos os hábitos, costumes e outros aspectos da cultura grega passaram a ser disseminados.
A influência dos gregos e dos etruscos na arte latina é incontestável – incluindo a arquitetura, a pintura e a escultura.
Portanto, os romanos não teriam criado um estilo próprio.
Na verdade, tudo o que eles fizeram provém da uma união entre conjuntos de elementos gregos – que priorizavam o ideal de beleza – e etruscos – que expressavam a realidade quotidiana.
Os romanos se apropriaram dos ensinamentos que haviam recebido e os modificaram – em alguns pontos até aprimoraram.
Por exemplo, eles acrescentaram aos estilos herdados – dórico, jônico e coríntio – duas novas formas de construção na arquitetura romana: a toscana e a composta.
Pois é, justamente, nessa fusão de tendências que se formou a arquitetura romana, refletida tanto em obras públicas quanto em particulares.
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A arquitetura greco-romana
Arte greco-romana se trata das manifestações artísticas que tiveram início no período da Antiguidade Clássica – mais precisamente na Grécia Antiga, entre os séculos VIII a V a.C.
Depois da passagem dos creto-micênicos na região, pouco a pouco, ela foi difundida por quase toda a Europa Ocidental e norte da África.
Por fim, acabou por ser absorvida por diversos povos, como os romanos.
Na primeira metade do século IV a.C, o rei da Macedônia, Alexandre, dominou toda a Grécia.
Essa importante conquista aproximou ainda mais as duas culturas. Esse processo durou vários anos e só terminou em 146 a.C..
Esse tempo Helenístico é contado até a conquista da península pelos romanos.
Pois a aliança greco-romana entrou em decadência com as invasões bárbaras, no século V.
Esse foi um importante momento de transformação da história humana.
Houve a queda do Império Romano e o início da Idade Média.
Até a chegada do Renascimento, todos os elementos clássicos foram completamente esquecidos.
Mas, agora, eles são uma fonte de inspiração para a arquitetura contemporânea.
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O estilo romano
No século I d.C, Roma já havia superado as influências etruscas e gregas, das proporções matemáticas até estruturas em abóbadas.
Ela, então, começou a inovar a sua arte e desenvolver projetos originais de arquitetura romana.
O objetivo era formar um caráter próprio e demonstrar, de fato, toda a grandeza de seu império.
Em todo o seu vasto território foram erguidos palácios, templos, termas, teatros, aquedutos e muitas outras construções da arquitetura romana.
Se as proporções dos espaços gregos eram limitadas à distância entre colunas e o tamanho das arquitraves, na arquitetura romana era diferente.
A partir do século II a.C., esse povo já dispunha de novos materiais de construção. Foram essas inovações da arquitetura romana que marcaram seu estilo de construção.
Para começar, o concreto armado, os tijolos e o ladrilho ofereciam a possibilidade de construções mais extensas e leves, sem a necessidade de suportes intermediários.
Os romanos são os responsáveis pelo desenvolvimento dos primeiros arcos, abóbadas e domos.
Assim, seus projetos passaram a ser mais flexíveis, com tetos abobadados e imensas áreas circulares.
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Quais são as características da arquitetura romana?
- Luxo
- Grandiosidade
- Solidez nas construções
- Simetria
- Uso de arcos e abóbodas
Certamente, foi pela arquitetura que os romanos conseguiram atingir sua maior expressividade artística.
Seu tipo de construção, mais livre, expressava uma harmonia entre beleza e funcionalidade como visto em nenhum outro estilo.
A arquitetura romana podia ser erguida em qualquer lugar, era mais ampla e abrigava muito mais pessoas. Isso pode ser conferido tanto em modelos públicos quanto privados.
Exemplos de arquitetura romana pública
- Os templos
- As termas
- As basílicas
- Os anfiteatros
- Os arcos de triunfo
- Os edifícios administrativos
Todos esses edifícios da arquitetura romana apresentavam dimensões monumentais. Eles ficavam posicionados de forma desordenada em torno de um fórum – a praça pública das cidades.
Os templos, por exemplo, eram construídos em planos mais elevados. Havia uma escadaria que marcava sua fachada principal.
Sua planta era uma combinação de elementos gregos e etruscos – retangular, com teto em duas águas e com um vestíbulo profundo.
Já as termas da arquitetura romana ocupavam a maior quantidade de terreno. Eram muito populares e serviam para higiene corporal, terapias e lazer.
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Exemplos de arquitetura romana privada
- Palácios
- Vilas de veraneio – da classe patrícia
- Casas da plebe – as Insulae
Os palácios e vilas localizavam-se em regiões mais privilegiadas, eram bem decoradas e resistentes.
Já os mais pobres viviam em unidades aglomeradas, de mais de um pavimento, feitas em barro, com sacadas e terraços.
Por serem locais precários e inseguros, eram comuns incêndios e desabamentos.
Mesmo nos dias de hoje, é possível ver diversos vestígios do que foram as construções do período clássico da arquitetura romana.
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Edificações romanas mais famosas
- O Arco do Triunfo, de Tito e de Vespasiano
- O Templo de Marte
- O Templo de Vesta
Claro que nada se compara ao Coliseu de Roma. Talvez essa seja a arquitetura mais fiel às características do estilo romano.
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Qualidades da arquitetura romana
- Originalidade;
- Sentido de utilidade e senso de realismo;
- Predomínio do caráter sobre a beleza;
- Expressão de energia, força e grandeza;
- Unidade do todo artístico e urbano.
A arte na arquitetura romana
Muitos historiadores estudam a arte dos romanos para compreender melhor a trajetória evolutiva da arquitetura romana.
Uma das expressões mais valiosas desse tempo era a arte do mosaico em mármore.
Decorar com cores vivas muros e pisos de templos e palácios era uma prática grega que foi aprimorada.
Outra corrente muito importante de arte romana eram as esculturas.
Primeiro, o relevo narrativo – painéis esculpidos com figuras representando feitos militares.
Depois os imperadores, que são retratados em estátuas imponentes e com postura de autoridade, verdadeiros deuses.
Já as esculturas provinciais, direcionadas à classe média, são mais naturalistas e com um tipo classificado como emocional.
Estátuas e bustos lembravam as imagens de imperadores, políticos e outros líderes – expostos em todos os prédios públicos.
Já as pinturas, como os afrescos, abordavam temas religiosos, cenas do cotidiano, da mitologia e de fatos ocorridos em batalhas militares.
Seus criadores misturavam realismo com imaginação para ampliar espaços.
Muitos ambientes da arquitetura romana eram ricamente complementados com falsas imagens de pórticos, arquitraves, parapeitos, balcões, nichos, vasos floridos e mais.
Esse ilusionismo é visto até em pequenas arquiteturas.
A arte dos afrescos também está presente na arquitetura sacra. Descubra a relação entre a arquitetura e o divino em nosso post e se surpreenda!
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