A Inglaterra é uma das nações mais bonitas que constituem o Reino Unido. Muito rica e moderna, ela atrai milhões de turistas todos os anos que desejam conferir sua história e cultura.
Dentre as diversas atrações do país, a arquitetura é um destaque, despertando bastante a curiosidade das pessoas.
Neste post, você vai conhecer a história da arquitetura inglesa, desde as épocas mais remotas, quando se usava tijolo e pedra, até as magníficas edificações de aço e vidro que hoje encantam seus visitantes.
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As características da arquitetura da Inglaterra
A arquitetura da Inglaterra, de um modo geral, assimilou muitos modelos estrangeiros, principalmente de outros países da Europa.
Isso deu origem a variações e inovações locais, produzindo formas nacionais distintas. Começando pelas manifestações anglo-saxônicas e vernaculares, trazidas da França e Itália, até 1900. E depois, remetendo a outras influências, como as americanas e o modernismo do século XX.
Em cidades como Londres é possível ver um ritmo de evolução tecnológica muito acelerado. Novos arranha-céus são construídos todos os dias ao lado de pequenos edifícios de estilo antigo. É isso que torna essa e outras cidades da Inglaterra tão charmosas e intrigantes.
Assim como a arquitetura inglesa é influenciada ela também influenciou. Em séculos de história, incontáveis construções foram criadas pelas mentes de arquitetos ingleses em seu país e também em outras partes do mundo.
Isso ocorreu principalmente nas colônias britânicas que faziam parte de seu Império.
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Os diferentes períodos da arquitetura inglesa
Época Medieval
Os celtas foram o primeiro povo a manifestar técnicas de construção em terras onde, hoje, encontra-se a Inglaterra. Eles foram seguidos pelos romanos em um período em que se ergueram os primeiros edifícios de grande escala da Grã-Bretanha – aliás, os únicos exemplares que ainda estão de pé são fortificações.
Veio, a seguir, a fase medieval, com várias manifestações diferentes.
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Da arquitetura inglesa anglo-saxônica os exemplos mais notáveis são o Earls Barton, o Bradford-on-Avon e o Barton-upon-Humber.
Da arquitetura normanda, podemos citar a Jew’s House, em Lincoln; as casas senhoriais em Saltford e Boothby Pagnall e as fortificadas, como o Castelo de Oakham.
E da arquitetura vernacular, um destaque são as casas senhoriais com moitas, como a Alfriston Clergy House.
Na sequência, houve a fase Tudor, na qual as construções medievais deram lugar a uma sucessão de tentativas de contrapor os estilos anteriores.
O gótico é um exemplo perfeito, com a construção da Capela do King’s College, de Cambridge, e da Capela de Henrique VII, na Abadia de Westminster.
Não podemos deixar de citar a arquitetura palaciana com a construção do Hampton Court Palace e o Layer Marney Tower.
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Renascença
Após o período Medieval, a Guerra dos Cem Anos e das Rosas, houve uma espécie de renascimento das artes. Por volta de 1520, a mentalidade “típica inglesa” – de valorizar seu passado, rejeitando a mudança – deu lugar à influência da cultura italiana. Foi uma verdadeira invasão de escultores e decoradores estrangeiros. Um exemplo de arquitetura desenvolvida por eles é a Catedral de Saint Paul.
Depois da ruptura com a arte italiana, por conta da Reforma, a Inglaterra sofreu novas influências, agora de países germânicos e de flandres.
Em 1660, o rei Carlos II resolveu imitar o luxo e a sofisticação da corte francesa. Esse estilo ficou conhecido como Restauração – o que equivale à arte barroca no país. E o arquiteto que mais se destacou foi Christopher Wren.
Foi através das ideias de Wren que Londres foi reconstruída após o Grande incêndio de 1666. Numerosas ruas, praças e edifícios foram refeitos, incluindo os castelos de Winchester e Kensington.
Foi o tipo de habitação construída neste período que guiou a indústria inglesa pelos dois séculos seguintes. Casas de tijolo vermelho, janelas em guilhotina, fachada com colunas clássicas e frontão emoldurando a entrada principal são algumas características da época.
Ainda na fase de Restauração, a Inglaterra adquiriu outras manias francesas, como cobrir as paredes dos interiores com painéis de madeira. Do mesmo modo, seguindo o estilo Luís XIV, foram incluídos na decoração muitos elementos dourados, espelhos e móveis em curvas “s”.
Isso logo mudou para elementos em mármore, papéis de parede com motivos chineses e relevos com flores, folhagens e frutos.
Já a arquitetura rococó inglesa floresceu no final do século XVII e perdurou até o século XVIII. Ela era caracterizada por tons pastéis e pinturas com representação da aristocracia e sua vida cotidiana.
A maior influência desse estilo se vê ainda nos jardins das mansões – que mais pareciam recantos de natureza selvagem estilizados -, e nos trabalhos do paisagista William Kent.
Neoclassicismo
No século XVIII, a Inglaterra viu seus artistas adotarem uma posição mais discreta com relação ao classicismo. Sua arquitetura apresentava a mesma “pureza” original das formas gregas antigas e do renascimento italiano, como se vê na Abadia de Woburn e no Kedleston Hall.
Liverpool é uma das cidades que mais tem prédios históricos assim, construídos com grandiosas colunas e materiais nobres.
Também se viu nessa fase o surgimento do estilo Georgiano, altamente expresso nas propostas de planejamento de expansão urbana. A cidade que mais cresceu sob esse preceito foi Bath, que chegou a ser um dos maiores e mais importantes centros do país.
Dentre as suas construções famosas está o ‘Circus’ ou ‘Royal Crescent’, com cerca de 30 casas geminadas em um plano curvilíneo.
Arquitetura Vitoriana
Entre os séculos XVIII e XIX, a arquitetura inglesa foi sendo fragmentada em diversos estilos diferentes.
Havia aqueles artistas que defendiam a volta das formas clássicas e os que buscavam as tradições góticas, vernaculares e outras. Pouco a pouco, incontáveis elementos foram sendo somados às novas construções, mascarando a tecnologia empregada com estruturas em aço.
Dentre as obras desenvolvidas nesse período, as que mais se destacam são os galpões, principalmente de arquitetura vitoriana.
Um importante exemplo é o Palácio de Cristal, de Joseph Paxton. Ou então aquelas resultantes do movimento conhecido por Arts and Crafts, Queen Anne, ou neo-Wren. Como exemplo podemos citar o Offices of the Commissioners of Woods and Forests e a loja de departamentos D.H. Evans & Co.
Modernismo
A partir da década de 1920, o gosto pelo rebuscado Arts and Crafts começou a decair em detrimento do Georgiano, mais sóbrio e simétrico. Esse foi o estilo arquitetônico dominante na Inglaterra no período entre guerras.
Os artistas estavam em um dilema moral, o que resultou na adequação do clássico à nova realidade. Assim, surgiu o movimento moderno inglês conhecido como altamente conservador.
Com muitas cidades destruídas pelos bombardeios, surgiu a necessidade da incorporação de novos processos e tecnologias construtivas. Os modernistas defendiam o desenvolvimento de estruturas mais racionais e limpas, que pudessem ser aplicadas em qualquer lugar.
É exemplo dessa corrente o Daily Express Building, o Isokon Building, o Ibex House e a Broadcasting House.
O lado positivo da reconstrução no pós-guerra foi que, pela primeira vez, as pessoas puderam ter a experiência de contar com jardins privados.
Também foi possível a construção de complexos de moradias pré-fabricadas com saneamento interno, além do desenvolvimento de um traçado urbano com ruas curvas e muitas áreas verdes – que ficou conhecido como Garden Cities.
No final desse período, surgiu o brutalismo nativo, como é visto no Royal National Theatre.
Contemporaneidade
Com o passar dos anos, a arquitetura inglesa – principalmente a não doméstica – tornou-se mais e mais futurística.
Isso tem relação total com o grande avanço das tecnologias em aço, vidro e concreto. Só para constar, alguns dos arranha-céus mais famosos do mundo estão localizados, justamente, no país.
São exemplos o Gherkin, o Lloyd’s of London, o Shard, o 20 Fenchurch Street e o 122 Leadenhall Street.
Mas não só de arranha-céus ou edifícios high tech se resume a arquitetura contemporânea inglesa.
Existem muitas outras obras de escala menor e até de características mais tradicionais e sustentáveis que se destacam em sua paisagem.
São exemplos a Biblioteca Peckham, a estação de metrô North Greenwich, o Selfridges Building, o Centro Aquático de Londres e o Museu do Rio e do Remo.
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