A França tem uma das arquiteturas mais encantadoras e charmosas do mundo.
Seus castelos despertam a nossa imaginação por nos lembrarem dos grandes clássicos do cinema e da literatura. Já o estilo gótico, originário no país, chama a atenção devido a grandeza de suas obras e os famosos vitrais e gárgulas.
A arquitetura barroca também teve seu destaque na França, e é o estilo presente em uma das suas obras mais famosas: o Castelo de Versalhes. E como falar do país sem lembrar da sua construção mais famosa, a Torre Eiffel?
Sem dúvida, a França trouxe muitas contribuições para a arquitetura mundial e uma muito especial para o Brasil. Ficou curioso para saber qual é?
Neste artigo, vamos falar sobre a história da arquitetura francesa, seus principais estilos e obras e mostrar a sua influência em terras brasileiras. Boa leitura!
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História da arquitetura da França
Arquitetura francesa antiga
A França surgiu a partir da região da Gália, que se expandiu pela Europa com o comando de Clóvis por volta do século V.
Com a sua morte, o reino foi dividido entre seus 4 herdeiros, que continuaram a guerrear em busca da conquista de novos territórios.
Um reflexo de todas as batalhas que aconteceram na Europa durante a Idade Média foi o desenvolvimento da arquitetura medieval. Ela contou com os estilos bizantino, românico e gótico, que teve origem na França.
O nascimento da arquitetura gótica na França
A arquitetura gótica nasceu na França durante a Idade Média como uma evolução da arquitetura românica.
Uma das características mais marcantes do estilo é a altura de suas obras, possibilitada pela criação do arcobotante. Essa nova estrutura também permitiu que as paredes das construções fossem mais finas, diferentes do estilo românico.
O estilo gótico também incorporou os vitrais, as gárgulas, os florões e as rosáceas.
Uma das obras mais importantes da época é a Catedral de Chartres. Ela é a segunda igreja em estilo gótico da Europa.
Sua construção começou em 1145 e marcou o ápice da arquitetura gótica na França.
Após um incêndio, ocorrido em 1194, a maior parte da catedral precisou ser reformada. 80% dos vitrais mantiveram-se intactos, e são eles os elementos que mais chamam a atenção dos visitantes.
É possível observar neles passagens bíblicas, a vida de alguns santos, cenas do cotidiano dos fiéis e até mesmo símbolos do zodíaco.
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Obras da arquitetura gótica francesa
- Catedral de Notre Dame
- Abadia de Saint Denis
- Catedral de Amiens
- Catedral de Reims
Arquitetura francesa clássica
Arquitetura renascentista francesa
A arquitetura renascentista francesa foi um reflexo das guerras envolvendo franceses e italianos durante os primeiros anos do século XVI. Além de obras de arte, a França também importou as ideias arquitetônicas do país.
- Temas religiosos, mitológicos e da natureza
- Uso de arcos, abóbodas, cúpulas e colunas
- Busca da perfeição e da beleza
- Preocupação com a proporção
Várias obras renascentistas foram construídas na França nesse período, com destaque para os castelos do Vale do Loire.
Trata-se de uma localidade criada pelos reis da França para mostrar ao mundo e ao seu povo o poder do país.
Algumas obras ali misturavam elementos renascentistas com a arquitetura gótica. Um exemplo é o Castelo de Chabord.
O Castelo de Amboise foi o local onde Leonardo da Vinci passou seus últimos anos.
Hoje a região é um local turístico. Além de andar pelos belos jardins, os visitantes podem visitar os castelos e até mesmo hospedar-se em alguns deles.
Estima-se que existam cerca de 300 castelos na região. Outros exemplos de obras no Vale do Loire são o Castelo de Chenonceau, a Fortaleza Real de Chion e o Castelo D’azay Le Rideau.
Outra obra da arquitetura francesa que não podemos deixar de citar é o famoso Palácio do Louvre.
A primeira edificação, construída onde hoje está o museu, foi erguida em 1190 para funcionar como uma fortaleza contra povos invasores. Nos reinados seguintes, ele foi transformado em um palácio e nos dias atuais é um complexo de prédios voltado à cultura.
O Palácio do Louvre tem um formato quase retangular e é dividido em 3 alas. No centro, está a entrada principal do museu, a Pirâmide de Vidro. A estrutura, inaugurada em 1988, foi projetada pelo arquiteto I. M. Pei.
Arquitetura barroca francesa
Assim como a arquitetura renascentista, a arquitetura barroca francesa também foi influenciada pela Itália.
O reinado de Luís XIV foi o mais longo da história da França (1643-1715) e contribui significativamente para a presença desse estilo arquitetônico no país.
Foi durante esse período a expansão do Palácio de Versalhes, local onde ele viveu até o fim de sua vida.
Antes de ser a residência do rei, o local era um pavilhão de caça de sua família. Coube ao arquiteto Louis Le Vau começar esse projeto de reforma do edifício já existente. Após a sua morte, o arquiteto Jules Hardouin-Mansart deu continuidade ao projeto.
O Salão dos Espelhos, a sala mais famosa do Palácio, representa bem o estilo barroco francês. Mármore, pedra policromada, bronze, espelhos e estuque dourado são alguns dos elementos presentes no local.
Em relação a arquitetura religiosa barroca francesa, a principal inovação foi a introdução da cúpula ou cúpula sobre a nave central.
Obras da arquitetura barroca francesa
- Castelo de Vaux le Vicomte
- Igreja Val de Grace
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O estilo provençal
Quando falamos da arquitetura francesa clássica, um dos maiores legados deixados foi o estilo provençal.
Com a construção do Palácio de Versalhes, a França tornou-se referência mundial em sofistação entre os séxulos XVI e XVII.
O estilo favorito da realeza francesa era o Rocaille, conhecido popularmente como estilo Luiz XV. Ele era caracterizado pela riqueza de detalhes, ornamentos rebuscados e folheados a ouro.
Os camponeses que moravam na região da Provence, no Sul da França, começaram a tentar imitar esse tipo de decoração em suas casas.
Como os recursos eram bem mais escassos que os do rei, os artesãos, ao fazerem os móveis, escondiam os defeitos da madeira com gesso e cola.
Com o tempo, essa mistura se desgastava e os móveis ficavam com a aparência envelhecida. Hoje, esse estilo é conhecido como provençal.
Muito elegante e charmoso, ele é aplicado em móveis e objetos.
A arquitetura francesa na Idade Moderna
Em 1804, Napoleão tornou-se imperador da França. Entre as medidas para mostrar seu poder diante do povo, esteve a construção de grandes monumentos. Um deles foi o Arco do Triunfo.
Em 1889, o governo Francês anunciou uma competição de design arquitetônico para uma obra que seria construída no Campo de Marte. Entre 100 projetos, o escolhido foi a Torre Eiffel, criado pelo engenheiro Alexandre Gustave Eiffel.
Não só a arte do engenheiro moderno, mas também o século da Indústria e Ciência em que estamos vivendo, e para o qual foi preparado o caminho pelo grande movimento científico do século XVIII e pela Revolução de 1789, para a qual este monumento será construído como uma expressão de gratidão da França
– Gustave Eiffel
Ela foi inaugurada em 31 de março de 1889 durante as comemorações do centenário da Revolução Francesa. A obra também serviu de entrada para a Exposição Universal de 1889.
Influência francesa na arquitetura brasileira
A influência francesa na arquitetura do Brasil começou no período colonial. A cidade do Rio de Janeiro foi fundada por Estácio de Sá, em 1565, e aconteceu a partir da expulsão dos franceses que já moravam na região há dez anos.
Mesmo depois desse período, a cidade continuou recebendo a influência da França ao longo dos séculos.
O Copacabana Palace, por exemplo, é um projeto do arquiteto Francês Joseph Gire, que se inspirou em dois famosos hotéis da Riviera Francesa. Sua inauguração foi em 1923.
Em 1816, o Brasil recebeu um grupo chamado Missão Artística Francesa. Ele era composto por pintores, arquitetos, escultores, gravadores de peças, mecânicos, ferreiros, entre outros profissionais.
O motivo da vinda do grupo não é muito claro. Uma das versões é que o ministro António de Araújo e Azevedo teve a ideia de chamá-los para que o Brasil incorporasse características da civilização francesa, considerada exemplo para ele.
Outra teoria é que os próprios Franceses ofereceram esse “serviço” diante da situação política problemática que ocorria em Portugal.
Os artistas seguiam a arquitetura neoclássica em seus projetos. O movimento teve influência nas artes, na educação, na arquitetura e outras áreas relacionadas.
Um dos integrantes desse grupo foi o arquiteto Grandjean de Montigny. Ele projetou a Academia Imperial de Belas Artes, no Rio de Janeiro. O prédio foi demolido em 1930, onde hoje se encontra o Museu Nacional de Belas Artes. Seu frontão foi transportado para o Jardim Botânico nos anos 40.
Outra obra do arquiteto é o edifício da Rua do Comércio, que hoje abriga a fundação Casa França-Brasil.
Lembra que falamos no começo do texto que a França trouxe uma grande contribuição para a arquitetura brasileira? Mesmo que Grandjean de Montigny não tenha projetado tantas obras no Brasil, seu nome ficou marcado em nossa história: ele foi o primeiro professor de arquitetura do país.
Além do Rio de Janeiro, Cidades como São Paulo e Curitiba também têm obras inspiradas na arquitetura francesa.
- Palácio das Indústrias, em São Paulo
- Catedral na Praça Tiradentes, em Curitiba
- Catedral da Sé
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