Arquitetura eclética é um período de transição da arquitetura que ocorreu entre o século XIX e as primeira décadas do século XX. Ele é marcado pela mistura de estilos arquitetônicos do passado para a criação de uma nova linguagem arquitetônica.
Obras com mais de um estilo arquitetônico são comuns na história da arquitetura, já que os estilos sempre evoluem a partir do que já era feito anteriormente. Sendo assim, o que determina que uma obra tem uma arquitetura eclética?
A expressão é usada em referência aos estilos surgidos durante o século XIX que combinam elementos da arquitetura clássica, medieval, renascentista, barroca, gótica, entre outros.
O ecletismo na arquitetura teve uma grande importância histórica e cultural, embora tenha sido rejeitado por muitos arquitetos e intelectuais naquele período e de épocas posteriores.
Quer descobrir mais sobre esse estilo arquitetônico que teve grande influência no Brasil? No post de hoje, vamos explicar o que é arquitetura eclética e mostrar 16 obras de tirar o fôlego. Acompanhe!
O que é arquitetura eclética?
Arquitetura eclética é um período de transição da arquitetura que ocorreu entre o século XIX e as primeira décadas do século XX. Ele é marcado pela mistura de estilos arquitetônicos do passado para a criação de uma nova linguagem arquitetônica.
Vários fatores contribuíram para o surgimento do estilo eclético na arquitetura, entre eles estão a Revolução Industrial e o surgimento da Escola de Belas Artes de Paris. Vamos entender mais sobre eles?
Qual a origem do ecletismo na arquitetura?
A Revolução Industrial (1760 – 1840) representou um momento de virada para a arquitetura. Nesse período, materiais como aço, vidro, ferro forjado, entre outros, passaram a ser produzidos em larga escala. Diante desse contexto, esses elementos, até então pouco usados em obra arquitetônicas, começaram a ser aplicados em projetos grandiosos.
Animados com as novas possibilidades, arquitetos e contratantes da época passaram a criar obras usando elementos do passado, mas em busca da modernidade. Foi assim que surgiram os estilos “neos” (neogótico, neorromânico, neorrenascença, neobarroco, neoclássico, etc).
O estilo eclético na arquitetura ganhou muitos adeptos na segunda metade do século XIX, principalmente em alguns países da Europa como a Inglaterra, a França e a Alemanha.
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O ecletismo na arquitetura também agradou os recém-surgidos Estados Unidos, que inauguram o Capitólio em 1.800 (antes da finalização completa da obra).
Outra grande influência para a arquitetura eclética foi a Escola de Belas-Artes de Paris (École des Beaux Arts), que teve sua abertura oficial em 1819. Foi lá que as primeiras disciplinas que abordavam o ecletismo na arquitetura surgiram.
O chamado estilo Beaux-arts, que era praticado pelos alunos da escola, era cheio de ornamentos e destacava o papel artístico da arquitetura. Uma de suas inspirações era a arquitetura clássica.
Entre as obras mais famosas da arquitetura eclética está a Ópera Garnier, inaugurada em 1875. Charlies Garnier, que era aluno da Escola de Belas Artes, ganhou o concurso para a construção da nova casa de ópera de Paris. Seu projeto foi o favorito do imperador Napoleão III e de sua esposa Eugenie.
Quais as principais características da arquitetura eclética?
- a simetria dos espaços;
- o uso de ornamentos como colunas, flores, etc;
- a utilização de estátuas;
- o uso da grandiosidade como diferencial;
- a sofisticação e a dramaticidade nas edificações;
- a presença do luxo e da riqueza nos ornamentos;
- o crescimento das atividades de design de interiores, trabalhando também a parte interna das obras;
- a mescla de dois ou mais estilos arquitetônicos nas obras.
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Arquitetura eclética no Brasil: veja as principais obras
A arquitetura eclética no Brasil começou a se desenvolver alguns anos após o seu surgimento na Europa. Ela foi uma tendência dentro do academicismo propagado pela Academia Imperial de Belas Artes (AIBA) e pela sua sucessora, a Escola Nacional de Belas Artes, ao longo do século XIX.
A AIBA ditou os rumos da produção artística nacional durante a segunda metade do século XIX e foi essencial para a popularização da arquitetura eclética no Brasil. Sob a sua influência, surgiram outras escolas de arte no país que também praticavam o ecletismo na arquitetura, entre elas o Liceu de Artes e Ofícios, em São Paulo.
O principal nome do estilo eclético na arquitetura paulistana foi Ramos de Azevedo. Naquele período, a elite paulistana começou a sentir a necessidade de ter uma vida cultural mais moderna e que correspondesse ao crescimento da cidade.
Diante desse contexto, o arquiteto foi responsável pelos projetos do Theatro Municipal e da Pinacoteca do Estado.
Outra obra da arquitetura eclética no Brasil que merece destaque é a Estação da Luz, aberta ao público no dia 1º de março de 1901. Seu objetivo era fazer uma conexão entre as fazendas de café paulistas e o Porto de Santos.
O Theatro Municipal do Rio de Janeiro, projetado por Francisco de Oliveira Passos, também é uma das obras mais marcantes da arquitetura eclética no Brasil. Criado com a colaboração do francês Albert Guilbert, ele foi inspirado na Ópera Garnier, de Paris,
No estado de Minas Gerais, o ecletismo aparece também nos traços da edificação do Palácio da Liberdade, situado em Belo Horizonte.
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