Abóbada é uma estrutura arquitetônica de formato curvado usado para cobertura de espaço entre dois muros ou vários pilares. Ela é usada em igrejas, templos, catedrais, galerias subterrâneas, entre outras construções.
Existem vários tipos de abóbadas, que estão presentes em obras da arquitetura clássica, moderna e contemporânea.
Esse elemento é muito famoso, mas você conhece sua origem? No post de hoje, vamos mostrar com detalhes como surgiu a abóbada e sua evolução na história. Acompanhe!
O que é abóbada?
Abóbada é uma estrutura arquitetônica de formato curvado usado para cobertura de espaço entre dois muros ou vários pilares. Ela é usada em igrejas, templos, catedrais, galerias subterrâneas, entre outros tipos de obras.
Quando falamos de um teto abobadado, trata-se da parte superior de uma edificação feita com o formato esférico.
E qual é o significado de abóbada? O termo vem do latim, volvita, que significa revirado ou curvado. A raiz do termo está no verno latino volvere, cujo o significado é “rolar” ou “fazer girar”.
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Quais são os tipos de abóbadas?
Agora que você já sabe o que significa abóbada, veja alguns tipos dessa estrutura:
- abóbada de aresta
- abóbada de berço ou de canhão
- abóbada geodésica
- abóbada de ogivas
- abóbada de claustro
- abóbada de combados
Os tipos de abóbadas mais utilizadas são a de aresta, de berço e nervurada, conforme veremos ao longo do texto.
O que diferencia uma abóbada da outra é onde elas se apoiam: sobre colunas, paredes ou pilares.
Quer entender com mais detalhes o que é uma abóbada e como ela surgiu? Então, vamos lá!
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Quando surgiu a abóbada?
A abóbada é um dos elementos arquitetônicos mais antigos que se tem registro. Há indícios de que as primeiras abóbadas foram construídas durante o período neolítico, em 6.000 a.C, na região onde hoje está o Chile.
Mas o uso da abóbada começou a ser aprimorado na arquitetura romana, que teve início no século II a.C.
Os romanos herdaram esse conhecimento dos estruscos, que já produziam estruturas abóbadas antes de serem dominados por ataques romanos, gregos e celtas.
E quais foram os aprimoramentos feitos nas abóbadas romanas?
O primeiro que podemos destacar é o uso de uma espécie de cimento composto por diversos materiais. Ele permitia que pedras e tijolos ficassem unidos, o que trouxe solidez para as obras da arquitetura romana.
Dessa forma, as abóbadas, junto com os arcos, passaram a ser mais empregados nas construções, inclusive nos espaços externos dos edifícios.
Esses dois elementos permitiram que a civilização romana criasse espaços amplos, sem a necessidade do excesso das famosas colunas.
Foi nesse período que surgiram as abóbadas de berço e abóbadas de aresta, que tornaram-se algumas das principais características da arquitetura romana.
Abóbada de berço: consiste num semicírculo – o arco pleno – ampliado lateralmente pelas paredes. Apresenta duas desvantagens: o excesso de peso do teto de alvenaria e a reduzida luminosidade interna.
Abóbada de arestas: consiste na intersecção, em ângulo reto, de duas abóbadas de berço apoiadas sobre pilares. Sua vantagem em relação à abóbada de berço é a leveza e maior iluminação interna.
Um dos exemplos de uso de abóbada na arquitetura romana é o Panteão de Roma.
Podemos observá-la também no Arco de Tito, em Roma (foto: História da Arte e Arquitetura)
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A abóbada na arquitetura bizantina
O período bizantino na arquitetura ficou marcado pelo desenvolvimento da engenharia e de técnicas construtivas inovadoras.
Um dos destaques da arquitetura bizantina é a inovação do uso da cúpula, aplicada em diversas obras romanas.
Até então, as cúpulas, arcos e abóbadas só tinham sido usadas em obras com paredes circulares, como o Panteão de Roma.
A arquitetura bizantina utilizou as abóbadas de uma maneira diferente, demonstrada com perfeição na Catedral de Santa Sofia, localizada em Istambul (atual Turquia).
Por meio de um sistema de arcos, foi possível utilizar a cúpula em plantas quadradas, algo até então inédito no mundo. Essa cobertura ficou conhecida como cúpula sobre pendentes.
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A abóbada na arquitetura gótica
A arquitetura gótica deu origem à abóbada nervurada, uma variação da abóbada de aresta criada na arquitetura romana.
Ela se diferencia pela utilização de nervuras diagonais estruturais que lhe suportam o peso e o descarregam sobre pilares.
A abóbada nervurada foi intensamente usadas nas catedrais góticas, que buscavam conexão com o céu por meio de obras verticalizadas.
Esse elemento, junto com os arcos de formato ogival, contribuíram para a verticalização das catedrais góticas, que também contavam com os arcobotantes na parte externa para ter uma estrutura firme e alta.
Com arcos mais fortes, as abóbadas precisavam também de menos pilares e cobriam, cada uma, extensões maiores da nave.
Como a abóbada é utilizada na arquitetura vernacular?
Vale destacar que a arquitetura vernacular também fez bastante uso das abóbadas, principalmente em construções de adobe.
No Brasil, podemos citar as ocas, típica moradia dos indígenas que também têm um formato abobadado.
As abóbadas na arquitetura moderna e contemporânea
A abóbada é um elemento construtivo marcante que também aparece em diversas obras arquitetônicas modernas e contemporâneas.
Um dos exemplos mais famosos é a Cúpula de Reichstag, de Norman Foster.
No Brasil, uma das obras com abóbada mais conhecidas é a Igreja da Pampulha, projetada por Oscar Niemeyer.
Você admira alguma obra arquitetônica com abóbada? Compartilhe com a gente nos comentários!